Pelotas, Princesa do Sul

Jotace, colunista e contador de causos.

Pelotas, Princesa do Sul, Rainha do abandono… Prédios históricos, dois castelos que, se conservados, serviriam para abrigar a administração municipal sem despejar dinheiro do contribuinte em aluguéis vultosos, sempre pra gente de casa.

Cidade que já foi a segunda do estado, com grandes indústrias, empregos sobrando, hoje em petição de miséria. Sabia que já tivemos uma grande Companhia Aérea instalada aqui? A Cruzeiro do Sul, com voos diários para todo o Brasil e sua sede operacional era sediada na Vila Bom Jesus. Empresários voavam país afora realizando negócios que mantinham Pelotas no auge.

Tinhamos um grande laboratório, o Leivas Leite, fabricando vacinas e remédios usados pais afora, a Farmácia Kautz, que fornecia kits de remédios distribuídos nos antigos armazéns em todos os rincões do estado e um dos mais famosos vendedores. Chamava-se Jose Giaques, que levava um bando neon em seu Modelo A, ficando três dias na casa conversando e animando a freguesia.

Não havia esse cinturão de miséria. Essa marginalia que quando presos não ficam em cana e estão na rua agindo costumeiramente. Fomos cinco vezes Campeões Estadual de Futsal, quatro times fortes de futebol de campo. O segundo Carnaval do país, a melhor Companhia Telefônica Brasileira, a CTMR. Hoje andamos de chapéu na mão, e tende a piorar. Que Deus nos ajude.

Luis Coronel, poeta e publicitário em POA, amigo de quatro costados diz que mulher e índio numa coisa não se erra, ou querem festa ou querem guerra.

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