O quão bom e quão……, é ser um gaúcho da zona sul!

Sérgio Corrêa, jornalista e radialista.

No título acima declaro meu amor e minha satisfação em viver e conviver intensamente em algumas cidades da Zona Sul. Foram diversos municípios aos quais ofereci meu saber profissional e recebi carinho, amor e acolhimento como se fosse um cidadão nascido naquele lugar. As reticências falam por si mesmas ou servem para você, que vive noutra cidade que não a que nasceu, preencher com o seu sentimento pessoal.

PIRATINI – UMA HISTÓRIA DE MUITAS HISTÓRIAS

Parabéns a Piratini e aos Piratinenses pelos 233 anos de história da também minha Piratini, a Primeira Capital Farroupilha!

Atrevo-me a utilizar o vocábulo “minha”, nutrindo a certeza de que ela me pertence e pertence à minha vida, pois minha relação com Piratini começou quando eu tinha 16 anos e ela, 192.

Comecei a trabalhar na CICASUL e, por força da atividade profissional, passei a estabelecer vínculos com duas fazendas de propriedade da empresa localizadas no município. Uma chamava-se “Cancelão”, e outra “Piratini”.

Após deixar a CICASUL, os laços afetivos com Piratini permaneceram em razão do meu envolvimento com a cultura tradicionalista gaúcha. Na Semana Farroupilha, o baile oficial tinha que ser no Vinte de Setembro CTG!

Certo ano, nosso grupo do Piquete dos Desgarrados, de Pelotas, foi a Piratini assistir nosso amigo, Rubinei Braga Goulart, que na época era proprietário da loja de aviamentos Casa da Costureira em Pelotas e gaiteiro do Grupo Querência. Ele era meu irmão de idade e de signo, eu do dia 07 e ele de 17, ambos de agosto.

Um mês depois de seu aniversário, o “Saideira”, como carinhosamente nós o chamávamos, aos 22 anos tocava sua gaita pela última vez no Vinte de Setembro CTG. Em dezembro do ano seguinte, aos 23 anos, Rubinei nos deixou ao perder a batalha contra um câncer no aparelho digestivo.

Ainda na década de 80, como eletrotécnico, fundei a empresa Corrêa Motores e Transformadores Elétricos. Com isso, passei a percorrer boa parte dos sete mil quilômetros de estradas rurais de Piratini, atendendo propriedades rurais, retirando e colocando transformadores consertados por nós.

Nesta época, novas amizades foram construídas, com os amigos Iran, na área técnica de projetos e obras da Prefeitura; Volnei, conhecido como “Cocão” e o mano Toninho, o Paulinho eletricista, bem como o Paulo Borges e sua turma na loja de materiais elétricos.
Anos mais tarde, retornei ao curso de Jornalismo da Universidade Católica de Pelotas e, como diz o gaúcho, “novos laços em couro trabalhado a mão me mantiveram maneado a Piratini”.

Ali, a Primeira Capital Farroupilha demarcava seu espaço por meio dos/as colegas Caterine Borges, Virginia Dutra, Carla Toralles, Patrícia Mussi, Jardel Oliveira, Bebeto Luçardo, Vanderlei (que ora não recordo o sobrenome, mas sei que ele tem uma empresa de esquadrias em Piratini), Régis Brum e meu irmão e produtor, que me auxiliou a recordar alguns destes nomes, Marcos Corral.

Confesso que jamais imaginaria que o mais intenso dos vínculos com Piratini ainda estaria por vir. Em 2017, recebi o convite dos amigos Ildomar Joanol e Maico Tunes Joanol, para apresentar um programa às segundas-feiras, na rádio Nativa FM. Não hesitei, pois jornalismo é perseguir algo novo, uma nova pauta todos os dias.

Nasceu então o Nativa Debate, um time formado inicialmente por Sérgio Corrêa, Maico Joanol e Larissa Moraes e, por vezes, contávamos com a participação de Nael Rosa.
Alguns meses depois, passou a fazer parte da equipe Juarez Machado de Farias, advogado, poeta, escritor, compositor e uma das melhores companhias que se pode ter em qualquer atividade!

Equipe formada e, daí em diante, o tempo foi o mensageiro do carinho da comunidade para comigo. A receptividade era vista desde a chegada a Piratini nas segundas-feiras para almoçar no restaurante Pialo, do Leo, do Prechedes e da Vana, durante o programa e após, no habitual café na padaria Piratiniense antes do retorno para Pelotas.

Para encerrar, é preciso agradecer a todos que construíram e constroem diariamente a história da nossa Mui Leal e Patriótica Piratini. Agradeço também pelo carinho e acolhimento dedicados a mim e agradeço, acima de tudo, a todos que me permitiram contar suas belas histórias, em especial ao Doutor Rômulo Panatieri, uma entrevista que ficará na memória.

Como Piratini faz aniversário dia 6 de julho, portanto, antes de Pelotas, nesta edição presto minha homenagem à Capital Farroupilha. Semana que vem dedico a coluna para minha Pelotas – cidade onde nasci, cresci e vivo até hoje.

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