Em Pelotas e região, já choveu apenas nesta quarta-feira (11) cerca de 40 mm, correspondente a 29% do normal para o mês de setembro. Segunda a meteorologista Estael Sias, do MetSul, a previsão é que chova mais nas próximas horas, aumentando esse acumulado. É previsto também para a próxima quinta-feira (12) mais 20 mm de chuva.
O tempo deve firmar na sexta-feira (13), com sol e nuvens e queda na temperatura. Para a região de Pinheiro Machado, Herval e Piratini, o frio será mais intenso, com previsão de 1°C e risco de geada isolada.
Prefeitura está a postos para minimizar problemas com as chuvas
Pelotas e região sofrem os efeitos das chuvas desde a noite de sexta-feira (6). Daquela data até o início da manhã desta quarta-feira (11), o pluviômetro central do Sanep registrou 181 milímetros, enquanto a média mensal de setembro é de 123,7 milímetros, de acordo com o Centro de Agroclimatologia Embrapa/UFPel, sede Capão do Leão. Para contrapor os transtornos, a Prefeitura, por meio de secretarias que cuidam da cidade e da zona rural, a Defesa Civil (DC) e o Sanep estão a postos com equipes e maquinário, para atuar nos pontos críticos e em situações emergenciais.
A Defesa Civil toma como base os pluviômetros do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden). Há cinco equipamentos instalados no Município: Bom Jesus (Areal), Fragata, Colônia Z3, Sinotti e São Gonçalo. A média apurada nos últimos dias também ultrapassa a mensal. De acordo com a DC, até a manhã desta quarta-feira (11) não havia registro de desabrigados ou desalojados em Pelotas. Contatos, em casos emergenciais, podem ser mantidos pelo telefone 153.
O canal São Gonçalo também passa por alterações em decorrência das chuvas. O nível normal de medição na régua é de 80 centímetros. Na manhã desta quarta, estava em 1,20 metro, conforme leitura feita pela Administração do Porto de Pelotas.
Plantão ininterrupto
O Sanep mantém todas as casas de bombas em funcionamento pleno, com equipes atuando em plantão ininterrupto de 24 horas/dia, assegurando o monitoramento, controlando o nível dos canais e retirando os resíduos sólidos que chegam às grades das casas, para não comprometer o maquinário.
A Secretaria de Serviços Urbanos e Infraestrutura (Ssui) integra a força-tarefa. As sete administrações regionais, mais a sede, mantêm equipes e maquinário em ação. Enquanto a chuva não dá trégua, são realizadas desobstruções de bueiros e abertura de valas para escoamento da água acumulada nas vias não pavimentadas, direcionando-as às valas laterais. O trabalho desenvolvido é manual e mecânico. Também há remoção de entulhos, galhos e vegetação para que a água tome seu curso. Enquanto chove, não é possível à Ssui realizar serviços de limpeza de galerias.
A Secretaria de Obras e Pavimentação (Smop) está com máquinas e pessoal à disposição da força-tarefa, assim como a Secretaria de Qualidade Ambiental (SQA) que, embora não tenha recebido nenhum pedido de parte da população, assegura sua participação nas ações que se fizerem necessárias. Pontos críticos já identificados estão recebendo sinalização.
Estragos na colônia
No interior do Município, os prejuízos são expressivos. A Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR) informa que há pontes submersas, bueiros danificados e estradas intrafegáveis. As administrações distritais realizam levantamento dos estragos para priorizar a as ações assim que o tempo se tornar estável.
A SDR adianta que há locais onde não é possível, nem mesmo, a passagem de pessoas. Estes receberão atendimento prioritário. A seguir, serão atendidas as estradas por onde é feito o escoamento de produção doária – leite e hortifrutigranjeiros. A situação das pontes será apurada quando baixarem as águas dos arroios.