No último dia 6, um grupo de moradores da colônia Corrientes, em Pelotas, manifestaram-se contrárias à falta de isenção na praça de pedágio, da empresa Ecosul, localizada no Retiro, no km 510 da BR-116. Conforme o grupo, a empresa teria garantido a gratuidade para a população local, porém, atualmente há a cobrança para o trânsito de ida e volta à zona urbana do município.
Hoje, a tarifa do pedágio é de R$ 12,30, valor que traz impacto, principalmente, para produtores rurais, que gastam mais com o pedágio do que com o combustível. Segunda a moradora Mara Regina Soares, a questão atinge também o posto médico, que não conta com profissionais devido à falta de isenção. Ainda, a localidade não conta com padaria, farmácia e supermercado, necessitando do deslocamento para a compra dos produtos. “Não somos contra o pedágio, mas queremos ele mais distante, pois está em cima de nós”, afirma.
“O contrato é federal, mas a vida acontece aqui no município. Eu vivo dentro de uma cidade e se eu não posso ir e vir dentro dela, o que eu sou neste Brasil? Eu não sou nada”, lamentou a moradora Cristiana Otto, afirmando que seu marido é agricultor e neste ano gastou R$ 1,2 mil de pedágio e R$ 800 com combustível.
Em nota, a Ecosul garante que mantém um relacionamento com as comunidades locais e busca soluções para a isenção.
Nota da Ecosul na íntegra
“A Ecosul informa que as isenções estão previstas de forma expressa no contrato de concessão (cláusula 5.4 do 1º Termo Aditivo), sendo de caráter obrigatório para veículos da Polícia Rodoviária Federal, de atendimento público de emergência – tais como Corpo de Bombeiros e ambulâncias (quando em serviço), das forças militares (quando em instrução ou manobra) e carros oficiais.
Desde o início da concessão a empresa mantém constante relacionamento com as comunidades lindeiras, especialmente aquelas localizadas nas proximidades das praças de pedágio do Polo Rodoviário Pelotas. Mesmo sem qualquer obrigação contratual ou legal para a concessão de isenções fora dos critérios definidos no próprio contrato de concessão, a concessionária busca analisar objetivamente as situações, sempre seguindo critérios transparentes. Da mesma forma ocorreu com demanda citada na reportagem do jornal”.