Transportador de leite: o elo entre produtor e cooperativa

Maicon e Matias são uns dos transportadores mais jovens da Coopar e dão continuidade ao trabalho que começou com os pais. (Foto: Catarine Thiel/JTR)

São eles que transportam o alimento e têm o compromisso de manter a qualidade do leite, desde o recolhimento até a entrega. Essa é a responsabilidade diária que os jovens Maicon Stalbaumm e Matias Stalbaumm enfrentam todos os dias. De ajudantes, há cerca de dois anos, eles passaram a ser os responsáveis pela rota que recolhe leite de 40 produtores, no interior de São Lourenço do Sul e leva até a Unidade da Pomerano Alimentos.

Os primos dão continuidade ao trabalho que começou com os pais, em 2007, quando eles compraram a rota de leite. Em 2016, com o incentivo dos produtores e diante das dificuldades enfrentadas em outra cooperativa, eles procuraram a Cooperativa Mista de Pequenos Agricultores da Região Sul (Coopar) e passaram a transportar o leite para ela. Os jovens explicam que os pais foram bem acolhidos pela empresa na época, e que este tratamento segue até hoje. Eles ressaltam que a cooperativa escuta as necessidades de transportadores e produtores e busca sempre atender da melhor forma.

Em todo período que trabalham já acompanharam todas as mudanças na produção de leite, do tarro ao resfriador a granel, e outras inovações que facilitaram o seu trabalho e dos produtores, aumentando quantidade e qualidade do leite. Estão em constante atualização para sempre prestarem o melhor serviço e a assistência que o produtor precisa. Eles ressaltam que possuem uma relação de amizade com cada produtor, já que o contato é diário, e dessa forma os produtores também possuem confiança neles. Esta relação possibilita que os transportadores também sejam importantes na difusão de novas tecnologias, pois conseguem se aproximar e compreender o produtor de uma forma mais fácil, e assim fortalecem o trabalho dos técnicos, como explica a técnica responsável pela rota, Suzana Specht.

Os transportadores são responsáveis por fazer a coleta diária e mensal do leite para análise e testes, como Contagem de Células Somáticas (CCS) e Contagem Bacteriana Total (CBT). Este também é um papel importante e que reforça o compromisso que precisam ter com a qualidade. Os testes são uma forma de rastrear e registrar a qualidade de cada produtor, que será levada em conta na bonificação de aumento de preço, por exemplo. Eles como moradores do meio rural, e também produtores de leite, reconhecem que as normas são essenciais para manter a qualidade do produto.

O trabalho também possui dificuldades, e assim como de outros motoristas, a estrada é a principal delas. No inverno e dias de chuvas, as estradas criam barro e buracos, o que exige atenção redobrada. Outro problema que eles apontam é o Leite Instável Não Ácido (LINA), que é encontrado principalmente na entressafra, isso decorre de uma alteração na qualidade do leite resultante do desequilíbrio no sistema de produção, e devido a isso não pode ser recolhido.

Apesar destas dificuldades e da rotina diária de acordar cedo, eles afirmam que é uma profissão gratificante. “Temos orgulho, e procuramos fazer o melhor trabalho para ficar bem para o produtor”, afirmam.

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