João Alberto Silveira Freitas, um homem negro, de 40 anos, foi espancado até a morte em um supermercado de Porto Alegre na noite de quinta-feira (19), às vésperas do Dia da Consciência Negra. A Brigada Militar (BM) informou que o espancamento começou após um desentendimento entre a vítima e uma funcionária.
Segundo a chefe de Polícia, delegada Nadine Anflor, dois homens foram presos em flagrante e autuados por homicídio triplamente qualificado, por motivo fútil, asfixia e recurso que dificultou a defesa da vítima, e mais duas pessoas serão investigadas ao longo do inquérito.
Um dos envolvidos no crime é um policial militar (PM) temporário, que estava fora do horário de serviço policial. De acordo com o coronel Rodrigo Mohr Picon, essa função é restrita, conforme a legislação, à execução de serviços internos, atividades administrativas e de videomonitoramento. O outro envolvido é segurança da unidade.
“Todas as circunstâncias em que este crime aconteceu estão sendo apuradas para que sejam punidos os responsáveis. Os inquéritos policiais estão sendo levados adiante com muito rigor”, afirmou o governador Eduardo Leite.
Ainda, em vídeo divulgado nas redes sociais, a delegada afirmou que será inaugurada a primeira Delegacia de Intolerância no estado, que tratará especificamente desses crimes.
“Vamos apurar esse fato a sua exaustão, não podemos admitir ações dessa natureza. As imagens são horripilantes, a Segurança Pública de nosso Estado fará tudo para o seu total esclarecimento”, escreveu o vice-governador e secretário da Segurança Pública, Ranolfo Vieira Júnior, nas redes sociais.
