Os Jogos Paralímpicos 2024, de 28 de agosto a 8 de setembro, reunirão novamente os melhores atletas com deficiência do mundo. Nesse cenário, o Rio Grande do Sul terá 14 esportistas em Paris, todos eles beneficiados pelo programa Bolsa Atleta do Ministério do Esporte.
Essa edição dos Jogos contará com a maior quantidade de atletas brasileiros em competições internacionais: 280 no total, dos quais 274 fazem parte do programa Bolsa Atleta, ou seja, 97,86% dos convocados. Entre os bolsistas, mais de 63% são beneficiados com a mais alta categoria do programa, a Bolsa Atleta Pódio. Somente no ano de 2023, o valor investido nos atletas das modalidades paralímpicas, referente aos editais de dezembro de 2022 (Bolsa Pódio) e janeiro de 2023 (Bolsa Atleta), foi de mais de R$ 57 milhões.
O campeão paralímpico Jovane Guissone faz parte da equipe gaúcha. Ele faturou o ouro na espada nos Jogos Paralímpicos Londres 2012 e a prata nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020. Jovane teve uma lesão na medula aos 22 anos causada por disparo de arma de fogo durante um assalto. Três anos depois do ocorrido, passou a treinar a esgrima, e se identificou com a modalidade.
Outro destaque na delegação é o tetracampeão olímpico Ricardinho Alves, com ouro nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020, Rio 2016, Londres 2012 e Pequim 2008. Um descolamento de retina aos seis anos comprometeu a visão do jogador de futebol de 5. Aos 10, o gaúcho começou a jogar futebol de cegos. Ele Já foi eleito o melhor jogador do mundo três vezes: 2006, 2014 e 2018. Ele recebe a Bolsa Atleta na categoria Paralímpica.
Na categoria Bolsa Pódio, integram a equipe do Rio Grande do Sul Aser Mateus Almeida Ramos e Wallison Fortes, do atletismo; Mônica da Silva Santos, da esgrima; Marcelo Casanova, do judô; Roberto Rodriguez, da natação; e Maria Eduarda Stumpf, do taekwondo. Vanderson Chaves, da esgrima, faz parte da categoria Paralímpica; Kevin Damasceno, da esgrima, Jonatan da Silva, do futebol de 5, e Reinaldo Ferreira, do tiro com arco, da Internacional; e Ana Paula Marques, do halterofilismo, da Nacional.
Ao todo, 4,4 mil atletas competirão em 22 modalidades esportivas durante os 11 dias dos Jogos. Nas Paralimpíadas, participam atletas com deficiências motoras, amputados, cegos, além de pessoas com paralisia cerebral ou deficiência intelectual. A competição é considerada o terceiro maior evento esportivo do mundo em termos de venda de ingressos, ficando atrás apenas dos Jogos Olímpicos e da Copa do Mundo da FIFA.
Bolsa Atleta
O Bolsa Atleta é um dos maiores programas de patrocínio individual de atletas no mundo. Desde sua criação em 2005 até junho de 2024, já foram investidos R$ 1,77 bilhão em seus beneficiários. Até hoje, 37.595 atletas foram contemplados, e 105 mil bolsas foram concedidas.
O programa garante condições mínimas para que atletas de alto desempenho — que obtêm bons resultados em competições nacionais e internacionais — possam se dedicar, com exclusividade e tranquilidade, ao treinamento e às competições locais, sul-americanas, pan-americanas, mundiais, olímpicas e paralímpicas.
A categoria Bolsa Pódio, a mais alta do programa, começou a ser paga a partir de 2013. Ela prevê repasses de até R$ 16.629,00 mensais e é destinada a atletas com grandes chances de conquistar medalhas em eventos internacionais, posicionados entre os 20 melhores do ranking mundial em suas modalidades.