As Frentes Parlamentares da Mini e Microgeração de Energia, das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos e Relações Brasil-China estiveram reunidas na última quarta-feira (11), para discutir a aplicação do percentual destinado a eficiência energética das concessionárias, para a implantação de placas fotovoltaicas em Santas Casas e Hospitais Filantrópicos, e possibilidades de financiamento através do sistema financeiro. Entre os encaminhamentos, abertura de diálogo com a Secretaria de Estado da Saúde, com a Casa Civil e com a Famurs, organização de reunião com a Bancada gaúcha para tratar das emendas federais para os hospitais, realização de reunião entre ABSolar e Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos e realização de novo encontro com a ANEEL, para debater as alterações na resolução 482.
Conforme o coordenador da Frente Mini e Microgeração de Energia da Assembleia, deputado estadual Zé Nunes (PT), a ideia é juntar as dificuldades financeiras e de manutenção dos hospitais e buscar a diminuição desses custos com projetos de energia de impacto para estas instituições. “Unir esforços para viabilizar projetos de energia fotovoltaica, principalmente, para que eles sejam implementados nos hospitais, e a busca de recursos da bancada gaúcha, ou dos programas de eficientização das concessionárias. Há uma possibilidade de combinarmos a diminuição da conta de energia elétrica dos hospitais com a promoção de uma produção de energia a partir de fontes renováveis, que dialoga com a sustentabilidade e com a saúde”, avaliou. Ele alertou que no mês de novembro, a CEEE vai abrir edital para eficiência energética, para sua região de concessão, quando os hospitais poderão se habilitar.
O presidente da Associação Brasileira de Energia Solar (ABSolar), Rodrigo Sauaia considera fundamental a possibilidade de unir esforços, cruzando temas de saúde pública com sustentabilidade. Para ele, a energia solar fotovoltaica tem tudo a ver com a área da saúde e pode ser uma ferramenta transversal para permitir que as instituições de saúde do país tenham acesso à energia elétrica a um preço mais competitivo. “Dessa forma, os hospitais poderão prestar serviços com mais qualidade e com custo mais baixo, agregando a sustentabilidade, já que estamos falando de uma fonte limpa, renovável e que não emite poluentes para a atmosfera e não prejudica a qualidade de vida da população”, declarou.
O presidente da Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes, Filantrópicos do RS, Andre Lagman destacou que, diante das dificuldades que as instituições enfrentam, a possibilidade de se desenvolver projetos de energia renovável para os hospitais é bastante positivo. “Precisamos de parceiros para que esta proposta se torne viável no sentido de elaboração de projetos, que é um dos principais desafios, e também pra financiamento”, explicou.
Participaram da reunião o deputado Elizandro Sabino, coordenador da Frente Parlamentar das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos, representantes o governo do Estado, da CEEE, da RGE, do Badesul, do BRDE, do Sicredi, de diversos hospitais e prefeituras.