Vacinação, liberdade de imprensa e distritão

De segunda-feira (19) até quarta-feira (21), Pelotas registrou 13 óbitos e 504 novos casos de Covid-19. Sem vacinação no feriado de 21 de abril, o município atrasa mais um dia a tão esperada imunidade de rebanho.

Nas últimas semanas, foram dois dias sem vacinação. Fazendo analogia com uma guerra, a Prefeitura decidiu não lutar dois dias com a melhor arma que temos: a vacina! Então, o que acontece? No caso da Covid, o inimigo avança, causa mais contaminações e, por conseguinte, mais mortes.

Fechamento do comércio por três semanas e lockdown nos finais de semana de março, foram medidas que pouco ou quase nada modificaram o cenário crescente dos casos de contaminações e também de mortes.

Esse colunista atreve-se a afirmar que, atualmente, para lutar nessa guerra, nossa melhor arma é a vacina. Porém, é necessário seguir testando e isolando pessoas com diagnóstico positivo para evitar novas contaminações.

Se tivermos de um lado pessoas positivadas isoladas e, de outro, pessoas imunizadas, nossa chance de vencer a guerra aumenta a cada vacina aplicada.

Liberdade de imprensa
Segundo a organização Repórteres Sem Fronteira, o Brasil caiu quatro posições no ranking de liberdade de imprensa e fica na zona vermelha junto com Venezuela, Afeganistão, Mianmar e outros países.

A zona vermelha está a um passo da zona preta, onde estão países como Irã, Síria, Líbia, China, Coréia do Norte e outros onde não há liberdade de imprensa.

Não fosse a imprensa no Brasil, não saberíamos 10% sobre o lado podre de alguns políticos corruptos, assim como de empresários que corrompem ou são corrompidos.

Distritão
Uma nova Proposta de Emenda Constitucional (PEC) movimenta o Congresso Nacional. O texto de autoria do deputado gaúcho Giovani Cherini (PL) propõe mudanças no sistema eleitoral.

Atualmente, vereadores, deputados estaduais e federais são eleitos pelo sistema proporcional, isto é, as vagas nos legislativos são distribuídas conforme a quantidade de votos dos candidatos e dos partidos (voto na legenda). Assim, os votos excedentes dos candidatos mais votados somados com os da legenda ajudam a eleger candidatos com menos votos.

Tomando como exemplo a Câmara Federal, no distritão as cadeiras que cada estado tem serão ocupadas pelos candidatos mais votados. Ex.: se o estado tem 30 cadeiras, serão eleitos os 30 candidatos que fizerem a maior quantidade de votos. Nesse formato não há votos excedentes, nem votos de legenda para puxar candidatos com poucos votos.

Distritão II
Parte dos deputados e senadores são contrários ao distritão, alegando que haverá um enfraquecimento dos partidos e um fortalecimento da personalização política, elegendo pessoas famosas ou figuras políticas tradicionais.

Os parlamentares contrários ao distritão e defensores do fortalecimento dos partidos estão esquecendo que, há mais de dois anos, o próprio presidente governa o Brasil sem filiação partidária alguma.

Observação: este colunista defende a política partidária e o respeito ao pressuposto básico da política: o diálogo!

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