POSIÇÃO
A ex-deputada federal pelo Rio Grande do Sul Manuela D’Ávila (PCdoB), mesmo com a possibilidade de concorrer ao Senado na chapa do deputado estadual e pré-candidato ao governo do estado Edgar Pretto (PT), anunciou em suas redes sociais que não vai concorrer a mandatos públicos nas eleições de 2022.
Manuela, que foi candidata a vice na chapa de Fernando Haddad em 2018, sofreu diversas ameaças e sua família também, antes e depois das eleições majoritárias de 2018 e 2020, período em que esteve na linha de frente.
A coluna destaca dois trechos da manifestação da ex-deputada em suas redes sociais que são os seguintes: ”sabemos como esses processos foram duros e violentos para mim e para minha família”. “Não desisti de nenhuma disputa, pelo simples fato de que nunca afirmei que estaria nela”, escreveu.
DEBATES
A polarização entre Bolsonaro e Lula nas eleições de outubro provavelmente ganhará outro cenário.
Caso as pesquisas eleitorais sigam apontando os percentuais atuais, pró Lula e pró Bolsonaro, deixando o restante dos candidatos na casa dos 2%, a possibilidade de contar com a presença dos dois em debates no primeiro turno das eleições fica cada vez mais remota.
Na história das eleições brasileiras, desde 1989 candidatos que lideravam as pesquisas deixaram de participar de debates no primeiro turno. Foi assim com Fernando Collor, em 1989, com Fernando Henrique Cardoso, em 1998 e Luiz Inácio Lula da Silva, em 2006.
Na última terça-feira o presidente Jair Bolsonaro afirmou, em entrevista à rádio Massa FM, que ainda está analisando a possibilidade de comparecer aos debates do primeiro turno.
Segundo Bolsonaro, ele pode acabar virando alvo de “pancada” dos demais candidatos.
Após a declaração do presidente Bolsonaro, o canal de televisão CNN apurou que o ex-presidente Lula não deve participar de debates no primeiro turno caso Bolsonaro não esteja presente.
DEBATES II
A não participação dos candidatos que lideram as pesquisas suscita múltiplos questionamentos, dentre eles a dúvida. Será que o eleitor brasileiro quer mudança?
Os programas de televisão e os debates que porventura possam acontecer no primeiro turno, influenciarão no segundo turno?
DEBATES III
Debates sem Bolsonaro e Lula serão insossos?
Cabe lembrar que na disputa eleitoral quem está no poder apanha mais de todos os outros candidatos.
DEBATES IV
Quem ganha e quem perde não participando dos debates no primeiro turno?
Será que Lula, de acordo com as pesquisas, estando próximo dos 50% das intenções de votos, somará mais votos não participando dos debates, podendo vencer a eleição no primeiro turno ou garantir a vaga no segundo turno?
Será que Lula, bem posicionado nas pesquisas, ao não participar dos debates perderá votos suficientes que possam tirá-lo de um possível segundo turno?
Será que Bolsonaro, em segundo lugar nas pesquisas de intenções de votos, ao não participar dos debates, tentando evitar agressões, somará mais votos que possam lhe garantir a vitória ou a presença em um suposto segundo turno?
Bolsonaro, que não participou de nenhum debate em 2018, decidindo não participar dos debates no primeiro turno das eleições desse ano, corre o risco de perder votos que lhe tirem da disputa num provável segundo turno?
DEBATES V
A polarização condiciona boa parte do eleitorado, alguns votam naquele que tem chances de ganhar, outros votam em qualquer candidato menos naquele que não querem de jeito nenhum, e quando as possibilidades de vitória se limitam a apenas dois postulantes, a indignação toma conta dos outros candidatos, isso dará aos debates, caso aconteçam, e aos programas de TV, um tom contenda contra Bolsonaro e Lula.