Jornalismo: a notícia que não se quer dar nem receber
Faleceu na última quinta-feira, dia 02 de fevereiro, uma jornalista que pelo trabalho construído e o legado deixado, é possível afirmar que, seguirá como o melhor dos enigmas a ser decifrado pela espécie humana, assim como pelos profissionais do jornalismo, a ponto de nenhum texto, teoria ou método decifrar integralmente Glória Maria.
O mundo e o jornalismo perderam alguém que era muito mais do que uma jornalista, mais do que uma mãe adotiva de duas meninas, mais do que uma mulher negra filha de um alfaiate e uma dona de casa que desde cedo pavimentou a estrada da vida e do sucesso profissional com a simplicidade de quem transforma dificuldade em riso.
O mundo e o jornalismo perderam Glória Maria, fantástica, ela foi o feminino do Fantástico e agora o Globo Terrestre perde uma nômade do jornalismo no Globo Repórter.
Desigualdade
No período de pandemia, o grau de endividamento fez milhares de pequenas empresas fecharem as portas. Pequenos empresários não conseguiram honrar seus compromissos como aluguel, fornecedores, tarifas de energia elétrica e até mesmo os salários dos funcionários, então, a única opção foi encerrar as atividades.
Se faltou dinheiro para pagamento de despesas básicas é lógico que os pequenos empresários não dispunham de recursos para contratar os melhores escritórios de advocacia como forma de tentar uma sobrevida para a empresa através da via judicial.
No último dia 2 de fevereiro, o juiz Luiz Alberto Carvalho Alves, da 4ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro determinou que todas as concessionárias, principalmente as de energia elétrica Enel e Light, abstenham-se de interromper a prestação dos serviços essenciais em qualquer estabelecimento da empresa Americanas, sob pena de multa diária de R$ 100 mil.
O magistrado determinou ainda que os locadores dos imóveis ao Grupo Americanas se abstenham de emitir ordem de despejo em razão de dívidas locatícias anteriores ao pedido de recuperação judicial.
Por incrível que possa parecer, não se trata com profundidade o impacto social, econômico e do ponto de vista do desemprego causado pelo fechamento de pequenas empresas. Muitas vezes o pequeno empresário coloca seus recursos pessoais acumulados de uma vida inteira de outras atividades para salvar ou para quitar dívidas da empresa.
Quando uma grande rede de lojas como a Americanas com milhares de funcionários e centenas de imóveis locados em todo o Brasil, declara dificuldades financeiras causa impacto e prejuízo a muita gente e gente grande. Porém, com ótimos advogados, até as decisões judiciais são mais rápidas e, ao contrário do pequeno empresário, a Americanas tem no corpo de acionistas três dos grandes milionários brasileiros, e ninguém vai pedir a eles que aportem recursos de suas fortunas pessoais para cobrir os prejuízos que não estão bem esclarecidos como aconteceram.
Mais uma vez
Idosos, acamados e pessoas com deficiência já estão se acostumando com a falta de fraldas geriátricas que, devem ser fornecidas pela Prefeitura de Pelotas. Já se tornou hábito por parte do executivo pelotense deixar faltar o produto. A cada momento em que falta o produto há uma alegação, enquanto isso quem sofre são os que necessitam.
Carteira de motorista mais cara
Desde 1º de fevereiro quem tira pela primeira vez ou renova a Carteira Nacional de Habilitação no Rio Grande do Sul vai pagar mais caro.
No caso da primeira habilitação categorias AB para motocicleta e automóvel o valor passa de R$ 3.936,07 para R$ 4.167,69, um aumento de R$ 231,62.
Atualmente, carteira de motorista é exigência para a maioria das vagas de emprego, a pergunta que não quer calar é: qual o percentual da população gaúcha que está a procura de emprego dispõe de quatro mil reais para fazer a carteira de motorista?
Cenário preocupante
No mínimo preocupante a notícia veiculada no site da Prefeitura de Pelotas relatando que o ano de 2022 terminou com 47,5 mil famílias inseridas no CadÚnico em Pelotas, enquanto no mesmo período de 2021 esse número foi de 31,2 mil.
O CadÚnico é a base de dados do governo federal na qual são registradas as informações das famílias com renda mensal de até meio salário mínimo por pessoa. A secretaria de assistência social considera que o aumento está relacionado com a grande procura pelo Auxílio Brasil, hoje Bolsa Família.