Hospital de Campanha

Tal situação foi exposta anteriormente na coluna, como alvo de críticas, por não oferecer estrutura hospitalar, afigurando-se como um alojamento. Com camas inadequadas, colchões sem proteção impermeável e sem equipe técnica para operacionalização, restou à Prefeitura de Pelotas não renovar o contrato com a empresa de Sapiranga e fechar o Hospital de Campanha.
Na quarta-feira (22), após três meses de portas fechadas, a estrutura, que gerou um gasto de R$ 411 mil aos cofres públicos, começou a ser desmanchada.

Hospital de Campanha I
Opinião e dúvidas do colunista: certamente a intenção da Prefeitura foi das melhores.
As questões são: se o Executivo esperava uma demanda de 159 pacientes, conforme a estrutura montada, por que não começou pelo ponto crucial que é a formação de equipe?
Por que não começar com equipe e estrutura para um número menor de leitos e, conforme a demanda, aumentar?
Em vez de Hospital de Campanha, por que não executou contratação progressiva de leitos com hospitais do município? Os mesmos possuem corpo técnico e estrutura para atender em melhores condições do que o Hospital de Campanha que não foi utilizado.
Agora, “após o fechamento do hospital que não abriu”, a Prefeitura está contratando mais leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) nos hospitais locais e fazendo obras em área cedida pela Santa Casa de Misericórdia, sem ônus, exceto das obras.

Consulta
A Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), até o fechamento do artigo, na quarta-feira (22), não havia decidido sobre o retorno das consultas. Pacientes da oncologia que aguardam consultas para monitoramento esperam impacientes, com razão.

Atenção prefeitos
Na última edição, com o título “A manifestação é da ciência e a informação é do jornalismo”, cumprindo a missão de informar, publicamos a posição do Comitê da UFPel e a possibilidade estudada pelos prefeitos, com relação ao uso de medicamentos como tratamento precoce contra a Covid-19.

Atenção prefeitos I
Apresentamos o parecer científico do Comitê Interno para Acompanhamento da Evolução da Pandemia da UFPel, que apoia pareceres de outras instituições científicas sobre o suposto “tratamento precoce” contra a Covid-19, com ivermectina, cloroquina, hidroxicloroquina e azitromicina, que não apresentam eficácia comprovada.

Atenção prefeitos II
Apresentamos, ainda, que os prefeitos da Zona Sul estão estudando a possibilidade de oferecer à população esses medicamentos que, segundo a ciência, não apresentam eficácia comprovada como “tratamento precoce”.

Atenção prefeitos III
A preocupação desse colunista é provocar a devida discussão sobre a eficácia dos medicamentos e o uso racional do dinheiro público.
Sem dúvida os prefeitos da Zona Sul, estão tomados pela intenção de proteger a população.
Contudo, na última semana, o médico, pesquisador, doutor em Infectologia, membro Titular da Academia Nacional de Farmácia e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Edimilson Migowski, apresentou outro medicamento para tratamento precoce – a nitazoxanida.
A pergunta que não quer calar é: os recursos da saúde serão utilizados para comprar todos os medicamentos que já foram e outros que ainda serão apresentados para tratamento precoce?
Serão gastos os minguados reais da saúde, sem conhecer o verdadeiro benefício dos medicamentos? São perguntas a serem feitas e essa é a função do jornalismo!

Eleições
Decisão de Recurso Especial garantiu ao vereador de Pelotas, Ademar Ornel, o direito de concorrer nas próximas eleições. Ele respondia uma ação de improbidade administrativa, cuja condenação imputava a perda dos direitos políticos por cinco anos.
Esta decisão recursal causa expectativa para caso semelhante, no qual figura o ex-prefeito de Turuçu, Ivan Scherdien.
A possível candidatura de Scherdien nas próximas eleições poderá apimentar o cenário eleitoral na terra do morango e da pimenta.

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