Casos de saúde, terra de ninguém e mais

Sérgio Corrêa.

Casos de Saúde

Hoje vamos contar o caso de Débora David Guimarães, que sofreu uma queda no dia 6 de junho do corrente ano. Nas horas seguintes ao acidente, passou a sentir dores no joelho direito e buscou atendimento no pronto atendimento traumatológico em Pelotas. Lá, fizeram uma radiografia (raio X) e mandaram-na para casa.

Ao sair no corredor do prédio da traumatologia, o joelho desencaixou, segundo ela, fazendo com que precisasse retornar para atendimento. No segundo atendimento colocaram uma tala, prescreveram alguns medicamentos e novamente liberaram a paciente para repouso em casa.

Afastada do trabalho desde junho, foi buscar no INSS o auxílio-doença e, quando se deslocava utilizando o transporte coletivo de Pelotas, novamente o joelho desencaixou. Como Débora conta, precisou ser retirada do ônibus com auxílio de outras pessoas.

Quase trinta dias depois da queda, sem conseguir consulta com um especialista e sem nenhum diagnóstico, a família fez uma vaquinha para que Débora conseguisse pagar uma consulta médica. Ao ter acesso ao médico, este solicitou uma ressonância magnética – o que tornou necessária a realização de uma segunda vaquinha, dessa vez para custear o exame.

Sem ter recursos, mas com a ajuda da família, o sonho de obter um diagnóstico estava mais próximo. Débora fez a ressonância magnética e obteve o seguinte resultado: dentre outras lesões, o resultado descreve “sinais de ruptura do ligamento cruzado anterior com lesão de estruturas do canto posterolateral, além de espessamento de aspecto fibrocicatricial do ligamento colateral medial”.

Sem dinheiro para custear o atendimento particular, Débora aguarda há seis meses uma consulta com um especialista que atenda pelo SUS. Segundo informações obtidas por esse colunista, o estrago no joelho foi grande.

Diante de mais um caso de saúde apresentado aqui na coluna, fazemos a seguinte afirmação: se não fosse a ajuda da família, seis meses depois da queda, Débora não teria o diagnóstico, pois até agora não conseguiu nem a consulta com o especialista.

Perguntamos: quando conseguir a consulta, já de posse do resultado de um exame pago pela família, caso o especialista prescreva a cirurgia, quanto tempo mais terá que esperar?
Além do dano causado pela queda, qual será o dano causado pelo tempo de espera?

Terra de ninguém

Moradores da região do Porto, vizinhos da conhecida Praça da Alfândega, sofrem com a aglomeração de pessoas em automóveis com sistemas de som comparáveis aos de uma discoteca.

Um dos moradores fez contato com este colunista e as informações, áudios e vídeos recebidos, demonstram a falta de ação da autoridade pública em seus diversos níveis de responsabilidade – desde a excelentíssima senhora Prefeita, incluindo a Guarda Municipal, os Agentes de Trânsito e a Brigada Militar.

Para definir o que acontece naquela região, se repete todas as semanas a partir de quarta-feira, se intensifica no final de semana e se estende até o amanhecer, pode-se dizer o seguinte: imagine você ter na frente da sua casa a passarela do samba onde acontecem os desfiles – não pense na passarela de Pelotas, mas sim na do Rio de Janeiro. Isso mesmo, é você morar na rua Marquês de Sapucaí.

Se você, leitor, quiser tentar se colocar no lugar dos moradores daquela região, pegue seu automóvel e visite o local no final de semana, preferencialmente à noite.

Cabe lembrar às autoridades que divulgam resultados com redução da violência: a perturbação da ordem e do sossego de quem precisa levantar cedo para trabalhar não deixa de ser um tipo de violência.

Agora não é mais aviso e sim alerta

Após dois avisos do Governo do Estado sobre o aumento de casos e da ocupação de leitos em Pelotas, durante a semana a cidade recebeu alerta.

O resultado de tudo isso chama-se incoerência! No auge da pandemia, o Governador Eduardo Leite criou o sistema de bandeiras para monitorar cada região com suas especificidades. Agora, obriga o retorno das aulas presenciais em todo o estado, esquecendo que Pelotas passa por essa situação crescente – tanto do número de novos casos, quanto na ocupação de leitos.

O que diz a Prefeita?

Começa a temporada de caça ao voto

Atenção população da Zona Sul: está aberta a temporada de caça ao voto! Já é possível encontrar na região deputado (as) ou pré-candidatos que passaram anos sem vir saber se existimos e agora andam por aqui em busca de nosso voto.

Fique com os olhos e ouvidos bem abertos. Em 2022, aqui na coluna e no programa Hora Marcada, apresentado por este colunista na rádio Tupanci, vamos apresentar o Projeto Memória. Aguarde!

 

 

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