A política do cooperativismo gerando o “lucro” do amor e da fé

Sérgio Corrêa, jornalista e radialista.

Uma manhã de sol, na última quinta-feira (8), reuniu diversas gerações com uma só missão: preparar os tradicionais tapetes de serragem ao longo da Rua Anchieta, entre a Catedral Metropolitana e a Praça Coronel Pedro Osório.

Juntos, crianças, jovens, adultos e idosos, pela manhã, preparavam o caminho onde a procissão de Corpus Christi iria passar de tarde, ofertando o verdadeiro exemplo de política de cooperativismo.

Na condição de jornalista e acadêmico do curso de Ciências Sociais da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), foi uma experiência de campo. Observar os pequeninos brincarem com a serragem e em vez de serem trabalhadores na obra, tornam-se “célebres atrapalhadores”, que despertam a certeza da fé.

O quão bom foi observar jovens e adolescentes que interagiam entre si, libertos das telas dos smartphones e de todos os outros dispositivos que se tornam prisões virtuais.

Melhor ainda foi observar adultos, pais e mães que, diariamente, trabalham excessivamente para manterem-se dentro de uma classe econômica explorada pelo sistema capitalista que não lhes concede tempo.

No feriado, os pais e mães que lá estavam encontraram o tempo, tão precioso, para junto da família compartilharem da fé, do trabalho cooperativo e da alegria do trabalho que gera o melhor e maior lucro: um lucro imaterial do amor, das relações humanas e da fé.

Nossa homenagem será através de imagens que por si, falam e expressam mais sentimentos do que palavras.

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