Ação alusiva ao Setembro Amarelo levou para as ruas discussão em torno do suicídio em Piratini

Unidos, órgãos, secretarias e entidades provocaram a discussão em torno do suicídio (Foto: Nael Rosa/JTR)

A rede de atenção psicossocial, que é uma união de órgãos e entidades de Piratini, onde entres os componentes fazem parte do Samu, Centro de Apoio Psicossocial (Caps Farroupilha), Poder Judiciário, Ministério Público e secretarias do governo municipal, promoveu na manhã desta sexta-feira (13), uma ação em frente à praça Inácia Machado da Silveira, centro da cidade, alusiva ao Setembro Amarelo, campanha do Centro de Valorização da Vida (CVV) que busca trazer o diálogo sobre o suicídio para a sociedade, e que no município também quer discutir a depressão e a automutilação.

O evento buscou chamar a atenção das pessoas e geral, inclusive dos motoristas que passarem pelo local tiveram seus veículos adesivados com o tema em foco. Para a psicóloga Gerusa Porto, coordenadora do Caps, o movimento se faz necessário para que a sociedade entenda que para enfrentar essa situação é preciso que se ouça, fale e haja mais.

“Queremos promover uma conversa que objetiva quebrar tabu, o silencio em torno do tema suicídio, por isso a escolha de um local público para falar sobre isso, o que pode nos levar a ficarmos mais atentos, o que colabora para que muita coisa em torno do assunto seja desmistificada”, disse Gerusa, que destaca a importância dessa ação conjunta, pois até 2018 se setorizava a busca de soluções para o assunto, agora, em um trabalho de união pioneiro na região sul, se divide as demandas e busca-se dar solução aos problemas.

“Está dando certo, pois todos tem o dever de ouvir: família, sociedade, enfim. É preciso que saibamos que, escutar, dar o ombro, cuidar de alguém, pode fazer a diferença na busca de uma explicação que nem sempre existe”, destaca a psicóloga.

Nesse sentido, ela acredita que no Grupo de Jovens Multiplicadores, criado pelo Caps e coordenado por ela, as discussões em torno dos três temas em questão são extremamente relevantes.

“Todos os integrantes do grupo já passaram por situações de sofrimento, e por terem mais acesso a pessoas da mesma faixa etária, há um comprometimento deles em buscar outras pessoas que compartilham da mesma realidade. Tem funcionado, pois toda semana temos a inserção de um novo integrante trazido por eles”, revela Gerusa.

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