Piratini: Escola Adão Pretto realiza a terceira edição do “Troca de Sementes Crioulas”

Mais de 90 variedades foram distribuídas para a comunidade rural (Foto: Nael Rosa/JTR)

Com o apoio da Emater/RS-Ascar, a Escola Estadual Adão Pretto, situada no 5º Distrito de Piratini, promoveu no último dia 4, a terceira edição do “Troca de Sementes Crioulas”, que faz parte do projeto Sementes Crioulas Soberania Alimentar, incentivado no educandário após a jornada cultural do Movimento Sem Terra (MST), ocorrida em 2017 e que tinha como tema “Alimentação saudável, um direito de todos”.

Segundo o diretor do educandário, Gabriel Barcellos Nunes, que junto com a professora Danusia Trecha deu início as pesquisas que culminaram na ação. O evento consiste em estimular os alunos, todos rurais, a cultivar as sementes crioulas, que são as retiradas dos alimentos consumidos em casa, trazê-las para a escola onde elas ficam armazenadas por um ano até serem distribuídas entre as famílias de assentados, agricultores quilombolas e pequenos agricultores.

“Em nossas pesquisas identificamos que muitas sementes como de milho catete e abóbora gila, esta última utilizada para fazer um doce muito saboroso, estavam se perdendo, e com essa ação, estimulando os estudantes a trazê-las para a escola, foi possível resgatar mais de 90 variedades que armazenamos pelo ciclo de 12 meses para, após isso, proporcionarmos a distribuição e troca entre a comunidade rural”, explica Nunes.

Ele entende que este hábito de coletar a semente do alimento durante o preparo das refeições é extremamente importante, pois garante a subsistência permanente. “Mantendo essa rotina, caso haja um problema para adquirir sementes para plantar e cultivar os alimentos é possível usar o que se tem em casa e plantar sem depender do mercado, daí a importância de resgatarmos essa prática entre nossos alunos”, destaca o diretor.

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