
Texto por Gabriela Ávila e Nael Rosa
Piratini possui três acessos asfálticos para a área urbana: 24 de Maio, Rui Ramos e Princesa Isabel. Eles foram construídos no último governo do tucano Vilso Agnelo, que deixou a Prefeitura em 2016.
O primeiro acesso asfáltico da cidade, que é a rua Princesa Isabel, é comum a ocorrência de veículos em alta velocidade; alguns chegam até 80km/h. A ausência de calçadas acaba obrigando os pedestres a usarem o espaço destinado aos veículos, o que eleva significativamente o risco de atropelamento.
José Nunes Gutierrez, o Zeca, mora há duas décadas no local e diz ter testemunhado vários acidentes nos últimos quatro anos. “Nesse tempo, já ocorreram no mínimo uns 10. Felizmente, nenhum com morte”, disse.
Os moradores pedem para que sejam colocados dois que bra-molas no local para aumentar a segurança de todos. “Por anos fui informado que há primeiro a necessidade de captar recurso para também para fazer o muro de contenção de um barranco existente às margens da via. E, ainda, o passeio (calçadas) que não existe. Mas nossa necessidade urgente é dar solução à situação que nos oferece riscos”, disse o cabelereiro Niry Silveira.
Já na rua 24 de maio acontece algo um tanto quanto diferente e contraditório. Em 2020, cansados de requisitarem a instalação das lombadas, os moradores decidiram ir contra as determinações impostas pelo município, reuniram os valores necessários para o material a ser usado na obra e dois quebra-molas foram instalados, sendo que a mão de obra foi fornecida pela Prefeitura.
José Bernadino Pereira reclama que a lombada, que fica em frente a sua casa, é muito larga com as medidas fora do padrão. Além de causar prejuízos na suspensão dos veículos por conta de os condutores não saberem ou esquecerem que existem os redutores de velocidade no local, o peso elevado das cargas em caso de velocidade incompatível com a via também provoca alta vibração no pavimento e, consequentemente, rachaduras nas paredes da residência do morador.
“Entendo ser preciso retirar esse quebra-molas daqui para não causar mais problemas. Sugiro, por exemplo, que sejam substituídos por sonorizadores”, finalizou Pereira.
Buscando uma solução para o problema, o morador Niry acionou o Conselho Municipal de Trânsito e a Secretaria de Urbanismo e Serviços Públicos. Por sua vez, o Conselho Municipal de Trânsito informou que o estudo de viabilidade técnica já está sendo realizado pelo setor competente e a Prefeitura. “Assim que chegar até nós o resultado do estudo técnico com parecer, tomaremos uma decisão”, informou o presidente do órgão, Pedro Fabres.