Sob o argumento de que não suportam mais a situação das estradas do 2º Distrito que dão acesso à Escola José Maria da Silveira, moradores dos assentamentos 22 de Novembro, Umbu e Santo Antônio impediram na última segunda-feira (11) a entrada dos professores no educandário, em grande parte a manhã.
Entre os assentados que bloquearam a passagem dos educadores, o agricultor Valderi da Silva disse que a questão está insustentável, não havendo relação com as chuvas no final de outubro, pois de acordo com ele, o mal estado de conservação das estradas, bueiros e de uma ponte é algo recorrente.
“Isso que passamos aqui é permanente. Para se ter uma ideia do quanto é impossível trafegar, nem mesmo o trator que preciso para usar na minha lavoura de milho consegue chegar à minha casa e, consequentemente, à lavoura. Se o veículo for um pouco mais pesado que carro de passeio ou estiver carregado, não consegue passagem”, contou Silva.
Ele ainda revelou que o protesto também teve o objetivo de impedir que parte dos alunos do colégio não tivesse aulas. “Os nossos filhos já ficaram até 15 dias sem poder vir à aula. Uma chuva um pouco mais forte já não possibilita que a van e o ônibus que conduzem eles consigam ir buscá-los. Não achamos justo que quem reside na localidade Basílio não possa receber o conteúdo dado pelos professores e o demais sim, por isso trancamos a passagem”, explica o assentado.
Esse impedimento fez com que o prefeito Vitor Rodrigues, o Vitão (PDT), recebesse em seu gabinete ainda na parte a manhã os responsáveis pelo protesto. Na oportunidade, foi garantido que parte dos maquinários da Secretaria de Infraestrutura e Logística vai ser deslocado para o distrito em questão para a manutenção necessária.