“Não temos pontos negativos a destacar”, afirma presidente da comissão organizadora da Semana Farroupilha de Piratini

Espaço destinado aos principais shows, ginásio do Centro de Eventos recebeu milhares de pessoas na maioria das 12 noites de festa. (Foto: Reprodução/Facebook)

Em Piratini foram 12 dias de festejos farroupilhas concentrados no Centro de Eventos Erni Pereira Alves concluídos na quarta-feira (20), feriado em que mais uma vez as dependências do local estiveram lotadas, o que não foi uma constante este ano durante toda a festa, como fez questão de frisar Daniel Farias, presidente da comissão organizadora em 2023.

Ele apontou a passagem de um dos ciclones extratropicais que atingiram o estado para a queda de público dado ao alto volume de chuva que caiu em Piratini, o que este ano veio com o acréscimo do medo sentido pelas pessoas em virtude do noticiário jornalístico que mostrou os desastres ocorridos também em cidades vizinhas como Cerrito e Pedro Osório.

“Houve uma queda considerável em dias de muita chuva, pois as pessoas foram tomadas pelo pânico, pelos desastres na região, mas de uma forma geral, nos agradou muito os números registrados no tocante ao público que compareceu para prestigiar”, destacou Farias.

Um dos pontos mais discutidos nas redes sociais, o que é um termômetro de opinião, foi o valor dos pacotes, que tiveram um acréscimo de 100% em relação ao ano passado, ficando em R$ 120 para todo o evento. Neste ponto, ele ressaltou que, mesmo com a elevação no preço, a população buscou adquirir as entradas em grande número, o que vai impactar diretamente no montante que a Prefeitura terá que disponibilizar para cobrir o gasto com a Semana Farroupilha.

“Todos os anos o município utiliza recursos dos cofres públicos para pagar a festa e isso é normal. Mas acredito que as vendas da bilheteria e também dos pacotes, o que ficou dentro da nossa expectativa, vão nos proporcionar bons números para pagar os gastos com os festejos”, disse Farias, acrescentando que três mil pacotes foram destinados gratuitamente às famílias carentes de Piratini, bastando para isso que estas fizessem parte do Cadastro Único.

Outra questão positiva apontada por ele foi a adesão de empresas que permitiram à comissão organizadora ofertar até três shows por noite. O apoio foi importante diante do não aporte de recursos da Lei de Incentivo à Cultura (LIC), o que não era esperado e fez com que o município buscasse alternativas para ofertar tantos dias de festa com a mesma qualidade de eventos realizados no passado.

“As empresas responderam ao nosso chamado e viabilizaram a festa, disponibilizando este ano um valor até maior do que o cobrado em 2022, e isso teve impacto direto na qualidade dos shows do evento”.

Farias destacou a agilidade que a Prefeitura teve para, com antecedência, estruturar todo o espaço que abrigou os festejos, o que para ele foi um ponto alto sob a ótica que diz respeito à logística empregada, o que não quer dizer que não se tenha detectado situações que precisam ser melhoradas para 2024.

“Em um evento grandioso como este sempre há pontos a melhorar, e asseguro que tudo foi anotado e pretendemos nos reunir com todos que fizeram parte da festa no que diz respeito aos serviços ofertados, cito como exemplo os responsáveis pela indústria e o comércio, para que tenhamos um feedback para traçarmos a atração para o ano que vem.

De uma forma geral não identifico nenhum ponto negativo, pelo contrário, nossa avaliação geral é positiva, pois a festa ocorreu de uma maneira muito exitosa para que, novamente, pudéssemos proporcionar um evento de lazer e com isso continuarmos sendo símbolo da tradição no estado”, conclui.

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