Com o apoio de um número significativo de alunos, o comando de greve dos professores de escolas estaduais de Piratini protestou contra o pacote de medidas do governo do Estado que vai a votação na Assembleia Legislativa.
Com cartazes e faixas, educadores e estudantes se reuniram na praça Inácia Machado da Silveira, na manhã desta quarta-feira (20), e expuseram sua insatisfação com a condução que o governador Eduardo Leite (PSDB) está dando para o funcionalismo público.
Com 27 anos de magistério, a professora Angélica Panatieri, em nome do grupo, disse que se o pacote for aprovado, vai atingir muito a categoria. “Entre outros pontos que nos prejudicam, o governador vai dar fim à incorporação das gratificações dadas aos diretores, direito que hoje eles levam para a aposentadoria. Os aposentados terão que contribuir para a Previdência e os salários ficarão congelados por 20 anos, absurdos que não podemos admitir, por isso viemos à rua”, destacou.
Ela disse ter noção que fazer greve é algo extremo, mas necessário, pois a categoria já está saturada de toda vez que é necessário fazer ajustes ou tomar medidas de contenção, os professores são os que mais sentem, não restando outra alternativa a não ser protestar fora da sala de aula.
“Gostaria de estar dando aula e concluindo o ano letivo, porém não temos o que fazer a não ser a greve, que não é algo fácil. Já estamos com o nosso salário atrasado e parcelado há 50 meses e sem reajuste há quatro anos, e isso causa um desmonte da escola pública, portanto o um movimento grevista é o que nos resta”, concluiu Angélica.