Olival Dom Feliciano: Primeira colheita de azeitonas em Pelotas é realizada

Cultivares Koroneiki e Arquebina são produzidas na propriedade localizada no 5º Distrito de Pelotas (Foto: Luiza Wierner)

A colheita de azeitonas, que tem o auge nos meses de março e abril, está acontecendo nos olivais do Rio Grande do Sul. Em Pelotas, o Olival Dom Feliciano está a todo vapor neste processo, pois é a primeira colheita de cinco hectares, e resultará na produção do primeiro azeite de oliva extravirgem pelotense.

Em 15 hectares da propriedade localizada no 5º Distrito, na Cascata, são produzidas as cultivares Koroneiki e Arquebina. Para o produtor Sérgio Renan Alves, este é um bom mercado, no qual é possível agregar valor, além de ser um produto nobre. Ainda, salienta que tem expectativa de aumentar a colheita no próximo ano, porque serão colhidas as cultivares produzidas nos outros 10 hectares.

Atualmente, o Rio Grande do Sul é o maior produtor de oliveiras no Brasil, responsável por 90% da produção nacional. Para 2021, é esperada até 900 toneladas de azeitonas, o que pode resultar em 90 mil litros de azeite extravirgem. Os números positivos se devem ao aumento da área cultivada, novos pomares frutificando pela primeira vez e clima favorável, na maior parte do ano.

Ainda, de acordo com o Instituto Brasileiro de Olivicultura (Ibraoliva), houve aumento da área plantada, saltando de 6 mil hectares, em 2019/20, para cerca de 7 mil hectares no ciclo 20/21.

Família Alves desenvolve a produção e também
projeto ligado ao oliviculturismo (Foto: Luiza Wierner)

Valorização local
A intenção é comercializar parte da produção no mercado local, sendo também competitivo no mercado nacional e internacional com o produto premium.

Além disso, Alves destaca que, futuramente, haverá produtos com denominações de origem da produção. Um exemplo é o nome do olival, que refere-se ao Cinturão Dom Feliciano, estrutura geológica que existe na Serra dos Tapes, iniciada em Punta del Leste (UY) até o leste de Santa Catarina.

Projeto
Além das oliveiras para azeite, a família Alves pretende impulsionar o oliviculturismo na Metade Sul do estado. “Estamos em fase de planejamento, de remodelagem de uma casa com 70 anos [na propriedade] para criar um empório e ali desenvolver toda uma estrutura de turismo rural”, explicou o produtor.

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