Agricultura Familiar terá número recorde de expositores na Expofeira Pelotas

Pavilhão estará pelo 11º ano consecutivo na feira, desta vez com 50 expositores. (Foto: Edu Rickes/Arquivo)

A agricultura familiar terá presença expressiva nesta 97ª Expofeira Pelotas. O pavilhão que vai abrigar e oferecer ao público produtos de agroindústrias da região e de fora dela de 11 a 15 de outubro contará com nada menos que 50 expositores – número recorde em todas as participações do setor na Feira. Apenas na área dos 22 municípios do Conselho Regional de Desenvolvimento (Corede) Sul, onde atuam as equipes do Escritório Regional da Emater, serão 37 representantes.

Desses 22 municípios, a metade estará no pavilhão. São produtores de Canguçu, Pelotas, Santa Vitória do Palmar, São Lourenço do Sul, Turuçu, Jaguarão, Capão do Leão, Cerrito, Morro Redondo, Pedras Altas e Rio Grande.

De fora da região são outros 13 empreendimentos: Cachaça Belvedere de Augusto Pestana; laticínios de Caiçara; embutidos Birolo de Frederico Westphalen; o charque produzido de modo tradicional de empreendedores de Hulha Negra; os embutidos Agnolin de Nova Bassano; erva-mate Rainha do Sul de Novo Barreiro; os chás, geleias, produtos diet e barras de cereais de Picada Café; cerveja Kaltbier de Santo Antônio da Patrulha; embutidos e panificados de Soledade; néctar e polpa de fruta Tiaraju de Tupanciretã; além de produtos e utensílios artesanais de Vale Verde e cutelaria de Pantano Grande. Desses, pelo menos sete estarão pela primeira vez em Pelotas.

Não deverão se arrepender. De acordo com o extensionista Renato Cougo, que representa a Emater na comissão organizadora, a Zona Sul é carente de eventos com presença da agricultura familiar, o que valoriza ainda mais o espaço na Expofeira. Talvez por esse motivo ela apresenta vantagens ao empreendedor. Ele explica: “Segundo os expositores que vem de outras regiões, aqui se passeia pouco e se compra bastante o que torna a região uma das mais atrativas para vendas.” Em outros eventos do gênero, conta Cougo, os empreendedores se queixam de que o público pode até ser mais numeroso, mas esse fluxo não se traduz no caixa das agroindústrias.

Por isso, a disputa por espaço no pavilhão da Agricultura Familiar da Expofeira, pela 11ª vez seguida, é tão concorrido. Simultaneamente à Expofeira Pelotas, outro evento aberto à agroindústria familiar irá ocorrer. Cougo ouviu de empreendedores de fora da região que estarão na Expofeira que a preferência era por vir a Pelotas.

A concorrência, no entanto, não será pequena. Cougo diz que a região mudou o perfil em relação à produção da agroindústria familiar. Além de se destacar pela comercialização, conta hoje com muito mais unidades legalizadas e, portanto, aptas a participar de feiras. “Mudou o perfil”, afirma ele. “Tem tudo para ser uma boa feira, com 50 expositores a Expofeira tem o maior Pavilhão da Agricultura Familiar das feiras agropecuárias do interior do estado”, celebra o extensionista.

Com público consolidado, Cougo garante: não vai faltar produto. Daqui da região, além de muito doce, queijo, mel e embutidos, destaca o frango colonial da agroindústria Bertineti e Peil, de Canguçu; a Vinhos Potenza, produzida na vinícola da agroindústria homônima da Vila Maciel, na zona rural de Pelotas, cuja família produz vinhos há mais de 100 anos; a Jurupiga da Ilha, de Rio Grande e também de Canguçu, da destilaria Alto da Cruz, a Cachaça do Quinto, onde se fabricava a “famosa cachaça de Canguçu”. Agora, devidamente legalizada, a bebida mereceu medalha de prata no Concurso da Expointer, em Esteio, entre agosto e setembro deste ano.

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