Família pede respostas sobre investigação do assassinato do músico Marcelo Borges em Pelotas

Um grupo formado por cerca de 50 pessoas, entre familiares e amigos do músico, promoveu bloqueios parciais na avenida Ferreira Vianna diante do Foro ao som de um apitaço e discursos emocionados. (Foto: Álvaro Guimarães/JTR)

Por Álvaro Guimarães

Familiares e amigos do músico Marcelo Borges, de 36 anos, assassinado em junho, promoveram, nesta sexta-feira (30), uma manifestação em frente ao Foro de Pelotas para cobrar respostas da Polícia Civil e do Ministério Público. Passados dois meses, ninguém foi preso ainda e a polícia não divulga informações sobre suspeitos ou a motivação do crime.

“A polícia não nos dá informação alguma, apenas pedem para a gente aguardar, mas aguardar até quando? Sabemos que no local havia câmeras de segurança, então queremos que eles corram atrás e resolvam. Quanto tempo mais ficaremos sem respostas”, disse a viúva do músico, Gisele Pereira Ribeiro.

Para demonstrar toda sua inconformidade com o silêncio da Polícia Civil e da Promotoria Criminal, o grupo formado por aproximadamente 50 pessoas, entre familiares e amigos do músico, promoveu bloqueios parciais na avenida Ferreira Vianna diante do Foro ao som de um apitaço e discursos emocionados.

Faixas e cartazes com dizeres como “Trabalhador assassinado queremos justiça” e “Somos todos Marcelo” com fotos do integrante da banda Amigos do Sereno serviram para tentar sensibilizar motoristas e pedestres e chamar mais atenção ao motivo do protesto.

“Tem sido uma barra enfrentar isso, pois se passaram 60 dias e não temos nenhuma resposta. Eu choro noite e dia pela perda do meu filho. A ideia desta manifestação é para ver se alguém acorda, faça alguma coisa por nós e encontre quem matou ele. Está na hora das autoridades fazerem alguma coisa”, afirma a mãe da vítima, Noeli Borges.

(Foto: Álvaro Guimarães/JTR)
(Foto: Álvaro Guimarães/JTR)

O que diz a Polícia Civil e o MP

O delegado da Delegacia de Homicídios de Pelotas, Félix Raffanhim, conversou com os familiares após a manifestação. “Com toda a razão eles procuram respostas, que daremos para eles no momento em que encerrarmos o procedimento, mas ainda não há prazo para essa conclusão”, declarou.

O promotor Márcio Schlee Gomes foi procurado, mas conforme sua assessoria só irá se manifestar na semana que vem.

O crime

Na madrugada de 29 de junho, Borges iria se apresentar com seu grupo de pagode em um festa na rua XV de Novembro, no centro da cidade, quando foi baleado. No mesmo ataque morreu Isabel Gouvêa, de 19 anos, que trabalhava na bilheteria da festa. Outras três pessoas ficaram feridas.

De acordo com testemunhas ouvidas na época, por volta das 3h, um grupo chegou ao local em um carro e disparou vários tiros.

(Foto: Álvaro Guimarães/JTR)
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