Arte em todo o lugar. Na Expofeira Pelotas, também. O Arte na Rural, idealizado e coordenado há oito edições pela médica e produtora rural Ana Carolina Issler Ferreira Kessler, confirma mais uma edição na 97ª Expofeira Pelotas. Em 2023 será aberto segunda-feira (9), a partir das 18h, no Salão Nobre da Associação Rural de Pelotas (ARP), com coquetel e apresentação do Duo Camerata Negrinho Martins, que tem Kethlen Bilhalva no violino e Luiza Tajes ao violoncelo.
Com curadoria de Lauer dos Santos, Lúcia Weymar, Nicola Caringi e Eleonora Campos da Motta Santos, nesta edição o Arte na Rural expõe obras de Eliana Bonini (óleo sobre tela), Cristina Cruz (óleo sobre tela), Rita Martins (fotografia) e Ronaldo Fossati (pintura).
“Esta mostra de arte se alia à missão da Associação Rural de Pelotas de integrar a população urbana ao trabalho e cultura da área rural. Nada como a arte para encantar e trazer o público para perto”, diz Ana Carolina, mais uma vez à frente do evento. “Esperamos a participação de todos, é uma ótima oportunidade de visitar a exposição rural e acompanhar eventos de arte, que tanto embelezam o parque de exposições”, defende ela.
Livro
A noite de abertura do Arte na Rural na 97ª Expofeira Pelotas reserva também o lançamento do livro A Ponte e seus desdobramentos, da artista plástica Graça Marques. O livro que tem origem em suas colagens sobre a ponte internacional Mauá, que liga o Brasil ao Uruguai sobre o rio Jaguarão, entre os municípios de Jaguarão e Rio Branco, é também o resgate de correspondências e testemunho histórico dos ancestrais da artista visual (entre eles o ex-governador Carlos Barbosa – 1908-1913), que se empenharam na construção e preservação da ponte.
O Arte na Rural é uma realização da ARP, em parceria com a Pró-Reitoria de Extensão e Cultura da UFPel. Recentemente, recebeu o prêmio Mérito em Extensão UFPel (2017-2020) e Medalha Ordem do Mérito da Academia Pelotense de Letras (APL). Conta com apoio da Estância da Gruta, Estância São José, Fazenda Calafate, Fazenda Sarandy, Fazenda Posto Branco, Estâncias Cerro Jarau-Pascoa-Tapera, FW Agropecuária e Fecomércio-SESC/RS.
Conheça os artistas que irão expor suas obras durante a 97ª Expofeira
Eliana Bonini (óleo sobre tela)
O olho humano é uma ferramenta impressionante. Ao capturar raios luminosos refletidos pelos mais variados objetos, esta ferramenta nos dispõe uma gama muito rica de cores e detalhes. São desses muitos tons e traços que Eliana Bonini trata em sua obra. Longe de buscar agradar escolas ou vertentes da arte, seu foco está no puro prazer de analisar as peculiaridades do que chega ao nosso olhar e traduzi-las em pinceladas. (Eduardo Bonini Hoewell, designer).
Cristina Cruz (óleo sobre tela)
É das coisas que vemos e vivenciamos que se extrai a inspiração, ela é a matéria-prima para a métrica da cor e do ritmo, assim, cada um a seu tempo vai tecendo uma estética própria. Acordo cedo, tomo meu café e observo o céu do nosso Sul enquanto penso: fazer arte para mim é não perder a capacidade de ver e de pensar.
Ritta Martins (Fotografia)
Fotógrafa documentalista movida pela aventura humana de perpetuar histórias e guardar os tempos. Apaixonada por “portrait”, apresenta, nessa mostra, traços de personalidade e de “lifestyle” no mesmo retrato. Para a artista o retrato contemporâneo ganhou um nível de espontaneidade e naturalidade. “O meu objetivo sempre é mostrar estilo de vida e caráter na mesma imagem, com mais casualidade e informalidade de pose e luz. Nessa mostra tem um pouco de mim, tem um pouco do outro e tem um tanto de nós.”
Ronaldo Fossati (Pintura)
Nasceu em Pelotas em 6 de outubro de 1955. Sua primeira graduação foi em Engenharia Civil na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) em 1979. Em 2000 graduou-se no Bacharelado em Artes Plásticas – Habilitação: Pintura na instituição federal de ensino. Atualmente dedica-se exclusivamente ao trabalho de atelier onde executa uma pintura figurativa e realista em que deseja a simulação da realidade com sua marca.”
Graça Marques (Livro)
Autora do livro A ponte e seus desdobramentos, Graça Marques viveu sua infância e adolescência em Jaguarão. É licenciada em Educação Artística pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e doutora em Belas Artes na Universidade Complutense de Madri (UCM)/Espanha. Apropria-se em sua poética, tanto de objetos reais desgastados pelo uso, como imagens sugestivas em paredes e muros abandonados para resgatá-los do anonimato, através da fotografia digital, sobre as quais intervém com outros procedimentos pictóricos. Nesta série, Graça Marques apresenta colagens relativas à histórica e internacional ponte Mauá, que une Brasil e Uruguai. Atualmente, reside e trabalha em Pelotas.
