No último sábado (21) no Centro Cultural de Eventos Valdino Krause de Morro Redondo foi realizada o 8º Caixinha de Música, organizado pelo Grupo Dó, Ré, Mi da Escola Municipal de Ensino Fundamental Alberto Cunha e de Canto e Dança do Colégio Estadual Nosso Senhor do Bonfim. O tema deste ano foi Somos Terra.
O evento foi idealizado pelas professoras Valeria Feldens e Vitoria Feldens e o professor Wilson Feldens. Nesta edição Valeria teve apoio dos professores Benhur Moraes e Vanessa Ramos, da Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Desporto e da Prefeitura Municipal.
O evento proporciona aos estudantes das escolas, cada um com seu dom, a oportunidade de mostrar os talentos com apoio dos professores. Além das apresentações, o objetivo é conhecer e apreciar outros grupos de crianças e de jovens que fazem arte no município.
A abertura teve apresentação do grupo Dó, Ré, Mi e Canto e Dança com apresentação do tema Somos Terra. Na sequência, subiram ao palco o grupo de dança do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental da Escola Alberto Cunha, grupo de dança da Comunidade São Marcos, Batucantada de Pelotas grupo de Percussão de Mulheres, grupo de dança da Escola Alberto Cunha turno manhã, Escola Garibaldi da colônia Maciel Pelotas. O encerramento teve nova apresentação do grupo Dó, Ré, Mi e Canto e Dança.
O escritor Lauro Rodrigues de Morro Redondo que esteve presente no evento, expressou em seu perfil em uma rede social o que foi presenciado na edição deste ano.
Somos Terra!
Como o movimento convergente das águas pelos rios até o mar
É o conceito do Caixinha, que une diferentes Escolas para a beleza da vida celebrar
No palco, a Terra é a estrela do cenário.
Girassol, bananeira, montanha, cachoeira;
Elementos e frutos da roça, força nossa!
E, suspensa no alto…a Terra!
Somos Terra, planeta água em poesia;
Somos Terra, planeta em potente Batucantada;
Somos Terra, somos Caixinha de música e esperança que começa com a criança…
A Bela Da Tarde…La Belle De Jour;
Somos Terra, planeta amigo, docemente apresentado pelos alunos da Escola José Pinto Martins;
Tantas músicas, ritmos, coreografias, mensagens
No alerta consciente para que mudanças climáticas, devastações e maltratos tenham fim.
Somos Terra, funk dos gatos pretos,
Sob o olhar até de um cachorro preto que pela plateia estava.
Falando em plateia, surpreendente ver o Professor Wilson nela, como um de nós.
Até ontem ele era instrumento, música, pedagogia e voz.
Mas não se enganem…ele permanece!
Desse ofício ele não se aposenta, não esquece!
Sentadito como espectador, pai e professor, sim senhor, ele dá aquela corujada.
A Rutinha, corujando também, pede “shhhilêncio”,
Quando o sistema de som dá aquela tradicional empacada.
A neta Taís, dessa vez, veio como coreógrafa, contrarregra, coprodutora dedicada.
Gatos pretos, da Alberta Cunha…
Sinal de azar? Que nada! Sorte nossa!
A Ludmila sambou, a Amandinha novamente encantou;
E as meninas sapecas, que misturaram ballet e acrobacia, como deixar fora dessa crônica/poesia!!?
A Comunidade São Marcos nos faz refletir enquanto se apresenta:
“Vamos construir uma ponte em nós!”
“Venha, já é hora de deixar um mundo melhor com o amor e a força da paz!”
A Escola Alberto Cunha, turno manhã, tirou onda:
-Olha, olha…olha a onda!
Com estilos diferentes, músicas envolventes, quase nos tiram da cadeira para dançar.
E quando a Vavá diz: “E eles não se envergonharam, provavelmente alguns suspiros de alívio vieram.
Ou você acha que os bastidores de uma apresentação são moleza!?
É nervosismo, tensão, medo de errar, de encarar o público, de se envergonhar,
Mas, também, é muito ensaio, vontade e apoio familiar.
Então…
Uma pausa por uma dolorida causa.
As crianças cantam, dançam, fazem folia, não se cansam, cativam, fascinam…
Mas as crianças viram anjos alados!
Não entendemos certas coisas, mas choramos, oramos calados.
Que a Lorena esteja serena num lindo lugar com Deus!
Pois, se somos Terra, ela, agora, é Céu!
Difícil seguir escrevendo, mas como ponderou a Vavá…
Que o breve sopro da vida siga sendo um espetáculo de amor, união e esperança para as crianças e as famílias, em memória da pequena Lorena.
A Escola Garibaldi
Trouxe tampinhas em garrafa pet, não em balde,
Dando força ao Projeto Tampinha Premiada, que estimula a educação ambiental e gera renda para entidades como a APAE.
Ah, Pai! Obrigado por mais essa Caixinha!
Pelos valores resgatados na canção autoral da Garibadi.
Pela Nona Sinfonia de Beethoven, a Velha Infância dos Tribalistas,
Tudo insiste em umedecer nossas vistas.
Tudo dito e cantado com muita coragem…
Ei, medo…Eu não te escuto mais!
Pra onde tenha SOL…RÉ pra LÁ que eu vou!
FÁzer fluir! Como ser humano, MI reconstruir!
Sem DÓ de quem SI acha e só quer destruir!
Melhor cantar e dançar…
O Banho De Lua,
A celebração da vida, nua e crua!
Em tempo, deu até para trocar umas ideias com o Diones Forlan, nosso competente jornalista que cobria o Evento.
A Caixinha vai se fechando, mas o que lá foi vivido continua…
As imagens, vozes, artistas, sentimentos,
Professores, como esquecer deles?
Vitória, Benhur, Elda, Simone, Vanessa, Maria Helena, Sônia, Márcio, Claudiomiro, mães, irmãos e pais.
Recordações seguirão conosco até o dia em que voltaremos a abrir essa linda Caixinha,
Tentando valorizar e desfrutar da natureza como ela se apresenta.
Sabendo cuidar, bem viver e não só sobreviver!
Somos Terra, nossa terra!
Se é preciso conscientização…
A Oitava Caixinha de Música fez, novamente, a sua parte!
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