O mês de novembro, é conhecido nacionalmente pela celebração do dia da Consciência Negra, instituído neste dia 20, uma data para relembrar as lutas dos movimentos negros pelo fim da opressão provocada pela escravidão. Essa data refere-se à morte de Zumbi, importante líder do Quilombo dos Palmares, situado no Nordeste do Brasil.
Em Morro Redondo, um só dia não será o bastante para enaltecer e celebrar a importância deste povo para a cultura. Sendo assim, foi organizada uma semana dedicada a atividades que acontecerão até sábado (25) em diversos locais do município entre escolas, o quilombo e o recém inaugurado Instituto da Capoeira Angola (ICA). No último dia, o encerramento será com um almoço festivo no Quilombo Vó Ernestina.
Nestes dias foram organizadas diversas atividades para celebrar e principalmente, conscientizar sobre a importância da cultura afro, além do combate ao racismo, a discriminação, a exclusão e a desigualdade racial.
A programação tem o apoio e a participação da Escola Municipal Alberto Cunha, Colégio Estadual Nosso Senhor do Bonfim, Associação Quilombola Vó Ernestina, Museu Histórico do Morro Redondo, Centro da Capoeira Angola, Maneirinhos do Rincão, Secretaria de Saúde, Interact, voluntários da comunidade, vereadora Vivian Rickes Rosa (PSDB) e Bem do Morro.
Confira a programação:
Segunda-feira (20) – A partir das 13h30
– Abertura no Instituto de Capoeira Angola no Sítio Brilha Lua na colônia Afonso Pena.
– Oficina de Capoeira Angola, com professor Camilo Barbosa.
– Oficina de artesanato com artesãos e quilombolas (Maria Helena Duarte).
– Mostra de trabalhos da Escola Municipal Alberto Cunha, sobre o livro:“Meu Crespo é de Rainha”, de Bell Hoks.
– Roda de Conversa com agricultores quilombolas, Djanira Lopes e Márcio Nizolli sobre produção e gastronomia.
– Neste dia o presidente e integrantes da Comunidade Quilombola Vó Ernestina e a presidente do Quilombo Vila Progresso, do Arroio do Padre estarão presente no evento.
Quarta-feira (22) – A partir das 13h30 no Quilombo Vó Ernestina
– Tarde para conhecer o Quilombo de Morro Redondo.
– Abertura com a história da Vó Ernestina.
– Oficina e mostra de artesanato e agricultura quilombola.
– Oficina de Capoeira Angola, professor Camilo Barbosa.
– Embelezamento de tranças afro, com a Daiane Rocha.
– Corte de cabelo afro, com barbearia Beer House.
– Conversa sobre a representatividade e beleza da mulher negra, com representantes da Corte Municipal.
– Apresentação dos trabalhos desenvolvidos pelas escolas do município.
– Pinturas e brincadeiras pelos jovens do Interact e voluntários.
– Cuidando da beleza pela Mary Kay,
– Neste dia a equipe da Unidade Básica de Saúde Arthur Neubert estará presente para averiguar pressão e dar palestra sobre alimentação saudável para os moradores do Quilombo.
Quinta-feira (23) – Fim de tarde no Quilombo Vó Ernestina
– 18h30 – Workshop de instrumentos musicais.
– 19h30 – Primeiro ensaio de integração dos blocos de carnaval e bandas de Morro Redondo.
Sexta-feira (24) – No Instituto de Capoeira Angola
– 19h30 – Roda de Capoeira Angola.
– Evento aberto a comunidade com roda de capoeira, música dança e gastronomia.
Sábado (25) na sede da Associação Quilombola Vó Ernestina
– Evento aberto a comunidade, preparado pelos moradores.
– 9h30 recepção de representantes de outros quilombos e comunidade em geral.
– 10h30 abertura oficial com representantes do município.
– 11h30 almoço com o seguinte cardápio: Feijoada, arroz, massa, saladas verdes e frango assado. Reservas de almoço até o dia 24 pelos telefones (53) 9 8118-1578 ou (53) 9 8152-0859.
– 13h30 tarde musical e cultural, apresentações musicais e de danças: Bloco Vó Ernestina, Maneirinhos do Rincão, Projeto Banda Musical União, Baile.
– Durante o evento terá exposições, dicas de saúde com a beleza negra com consultores da Mary Kay.
Sobre o Quilombo Vó Ernestina de Morro Redondo
O nome dado a esta comunidade homenageia Dona Ernestina, que em 2009 completou 105 anos de idade, sendo sua família uma das primeiras a chegar no local. O pai de dona Ernestina era chamado de José Tamanqueiro, artesão que produzia tamancos, um calçado muito utilizado na localidade.
