Tendo recebido a oferta de um financiamento de R$ 1,2 milhão pelo Banco do Brasil, a Prefeitura Municipal encaminhou à Câmara de Vereadores um projeto para a pavimentação do último trecho que falta da avenida Arthur Lange. Para agilizar o processo, antes mesmo do financiamento ser aprovado pelo Senado, o Executivo se antecipou e protocolou o projeto nº 19/2020 no Legislativo, no dia 14 de maio e, devido a manobras regimentais de vereadores da oposição, ainda não foi votado.
No dia 2 de junho, o Senado aprovou o repasse de R$ 3 bilhões para a execução de projetos financiados pelo banco e, por ainda não ter sido aprovado pelos vereadores, Turuçu ficou de fora dos municípios que receberam o recurso por já terem os projetos aprovados. “O projeto foi colocado diversas vezes na ordem do dia, mas devido ao pedido de vistas em uma semana e na outra um pedido de informação sobre a mesma justificativa de “troca de objeto”, feitos pelo vereador Uendel Carpes (PDT), ainda não foi votado. Enquanto isso, a população segue no barro e na poeira”, explica a prefeita Selmira Fehrenbach (MDB).
Em dezembro de 2018, o Executivo havia enviado com pedido de urgência um projeto de financiamento para o calçamento da avenida Arthur Lange à Câmara. Quando foi aprovado, não havia mais a verba disponibilizada via Caixa Econômica Federal. Hoje, a administração municipal aguarda uma nova votação no Senado e teme que, mais uma vez, os recursos para a pavimentação não cheguem à cidade em tempo hábil por motivos políticos.
Nesta sexta-feira (19), o Partido Democrático Trabalhista (PDT) de Turuçu enviou uma nota em resposta à publicação. Confira na íntegra:
“PDT surpreende-se com acusações
O debate de ideologias é saudável e faz parte da democracia, mas não é o fato em questão. As acusações de manobras regimentais de ordem política constituem uma inverdade.
O próprio relato já esclarece o fato. Estão previstos no regimento as solicitações de pedido de informação e de vistas aos projetos, pois são instrumentos que conferem a um vereador a possibilidade de analisar o proposto em sua íntegra, desde a aplicação de recurso onde será contraída dívida para as próximas gestões até a urgente necessidade de aplicar recurso em pavimentação após uma longa estiagem e um período delicado de pandemia.
Diante deste e de fatos ainda a esclarecer, precisamos ter responsabilidade nas nossas ações, e não somente acenar positivamente em função de cumprimento de promessas em final de gestão e de período pré-eleitoral”.