No dia 28 de julho, aconteceu a festa do Colono e Motorista, da Coxilha do Barão, promovida pela Comunidade Evangélica Picada Moinhos, sendo um tradicional evento do meio rural lourenciano que se perpetua há mais de 50 anos. Nesta edição, a chuva e o frio marcaram a festa, mas não impediram a presença de um grande público. A organização estima que cerca de 4 mil pessoas estiveram presentes.
O evento começou pela manhã, com um culto festivo na Igreja, presidido pela Diaconisa Isolete Follmer que trouxe reflexões sobre o trabalho dos colonos e motoristas, uma homenagem aos 200 anos da Imigração Alemã e Pomerana no Brasil e bênçãos a todos os presentes. A abertura oficial contou com a participação das soberanas do evento, do prefeito Rudinei Härter (PDT), do presidente da Câmara de Vereadores, Jonatã Härter (PDT), e de diversas autoridades.
A festa dispôs ainda da animação da Banda Diplomata durante a tarde. Já à noite, a Banda Champion animou o público com seus sucessos. Para finalizar, o som eletrônico do DJ Flávio Luis, da Indústria do Som, fechando o evento e animando o público até as 2h. No pátio, mais de 50 empresas estiveram presentes com estandes, com sorteios e distribuição de brindes.
Coroação das novas soberanas
O ponto alto do evento, e que volta o olhar do público para somente um lugar, é a coroação das novas soberanas do Colono e Motorista. Neste ano, seis candidatas disputaram os três títulos da Corte do Colono e cinco candidatas disputaram os títulos da Corte do Motorista. A escolha das soberanas aconteceu em um baile no dia 6 de julho, mas o resultado só foi revelado no dia da festa, em um momento de muita emoção e nervosismo.
A primeira a passar seu título foi a princesa do Motorista Andriéli Wolter que coroou Tainara Roberta Kohn. Depois foi a vez de começar a conhecer a corte do Colono. A princesa Karen Böhlke Thurow passou seu título para Helena Böhkle Schuenemann. A princesa do Motorista, Paula Priebe Sell, coroou Liliane Schröder Ziztke. Flaviane Petry Armesto passou o título de princesa do Colono para Luana Kroll. A rainha do Motorista, Andrine Becker Peter, entregou a faixa para sua irmã Thaize Leitzke Peter, uma coincidência que se repetiu pela segunda vez no Concurso.
O momento da coroação da rainha do Colono também foi de muita emoção. Adriele Fernanda Bork passou seu manto vermelho para Pâmela Maria Heller. E para a coroação, foi chamada a avó de Pâmela, a Rainha do Colono de 1978, Valquiria Heller. Uma tradição que volta a ser resgatada nos concursos, homenageando as soberanas que já fizeram parte da longa história do evento.
Em entrevista, as novas soberanas descreveram os sentimentos ao serem coroadas como soberanas do Colono e Motorista. A princesa do Motorista Tainara conta que a ficha ainda está caindo e, às vezes, fica sem acreditar que é real. “Ter meu nome chamado foi uma sensação única, sentimento de gratidão”, explica. A jovem participou do concurso para homenagear seu falecido pai, que sempre tirou todo o seu sustento de um caminhão, e também seu irmão, que segue a profissão.
A princesa do Colono Helena conta que é um sentimento inexplicável e a realização de um sonho de criança. Ela sempre participou das festas da Coxilha, por morar perto, e agora tem a oportunidade de representá-la como soberana. A jovem agradece todo o público que estava presente na festa e já convida para a edição de 2025.
A princesa do Motorista Liliane diz que está muito feliz em fazer parte desta Corte. “Sentimento de gratidão, foi incrível quando me chamaram”. Para ela, é gratificante representar uma festa que gosta e admira muito, e representar um motorista que ama muito, que é seu namorado e principal incentivador. “Tudo isso tem um significado muito especial”, conta.
A princesa do colono Luana participou pela primeira vez de um concurso. “Um sentimento de realização, gratidão e de muitas coisas boas”. No baile de escolha, sua torcida foi escolhida como melhor torcida, e ela agradece muito o apoio que recebeu, e quer seguir a amizade e a parceria com todos.
Para a rainha do Motorista Thaize é a realização de um sonho. Pâmela e ela já integraram a corte de 2022 como princesas e agora voltam para realizar o sonho de serem rainhas. Receber o título de sua irmã foi um momento de muita emoção. O pai, que é motorista, está muito feliz pelas filhas. “Ele nunca chora, mas quando ganhamos ele se emocionou”, comentou.
“É gratificante demais representar esse concurso, sem falar que é uma honra representar a minha avó que já foi rainha”, conta a rainha do Colono Pâmela. A jovem teve o incentivo de toda a família e passou um ano se preparando para o concurso.