CTG de Rio Grande abre as portas para receber os desabrigados das enchentes

No lugar de tertúlias, o local recebeu famílias desabrigadas pelas chuvas que assolaram a Vila da Quinta. (Foto: Divulgação)

“CTG Rafael Pinto Bandeira está deixando de fazer seu evento, pra poder auxiliar o pessoal da Vila da Quinta que está debaixo d´água…”

Assim descreve o coordenador da sexta região tradicionalista, Roberto Ferreira, sobre o momento do Centro de Tradições Gaúchas.

No dia 14 de setembro, data em que o CTG comemora seu aniversário teve, em vez de bailado, acolhimento. No lugar de tertúlias, famílias desabrigadas pelas chuvas que assolaram a Vila da Quinta.

A parceria não se limita ao espaço. “O pessoal sempre pergunta para a Defesa Civil o que precisa, alimentos, pra ajudarem nas doações. Foi de suma importância pra comunidade da Vila da Quinta e de outras regiões que vieram os desabrigados”, aponta o coordenador da Defesa Civil de Rio Grande, Rudi Machado.

Capataz do CTG Rafael Pinto Martins, seu Lili, como faz questão de ser chamado, se divide entre a lida no campo e a vida na comunidade da Vila da Quinta. “Os eventos todos foram cancelados… o CTG está à disposição do povo da Quinta. A gente se orgulha em fazer a nossa parte”, aponta.

Seu Lili, capataz do CTG Rafael Pinto Bandeira, na Vila da Quinta. (Foto: Divulgação)

Rio Grande teve transbordamento do Arroio das Cabeças e, segundo o INMET, foram 129,4mm de precipitações em 72 horas na semana que antecede os festejos farroupilhas do 20 de setembro. E o tempo ainda segue instável.

O município preza pelas tradições sem esquecer do próximo. A casereada da chama crioula é realizada por todos os CTGs da cidade, junto ao monumento que guarda os restos mortais de Bento Gonçalves. “Nós fazemos arrecadação de material de limpeza, higiene, fraldas… e antes do desfile, os piquetes vão entregar no Sindicato Rural”, afirma Ferreira.

Rio Grande optou por manter o Desfile Farroupilha, no 20 de setembro, de maneira “modesta”, em respeito a dor de quem está desabrigado, aponta o coordenador da 6ª RT.
Na capital gaúcha, Porto Alegre, vai haver uma cavalgada solidária para arrecadar donativos às vítimas das enchentes.

E se o tempo permitir, o desfile na rua Marechal Floriano inicia às 10h. Com caminhada tradicionalista solidária. A expectativa é de que participem do evento cerca de 11 entidades entre CTGs e DTGs; 40 piquetes, e cerca de mil cavalarianos pelas ruas da Noiva do Mar.

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