A Associação dos Criadores de Gado Holandês do Rio Grande do Sul (Gadolando) se junta a outras entidades e solicita que sejam tomadas medidas para frear a alta importação do leite de outros países. Segundo a entidade, todos os elementos dos últimos anos trouxeram prejuízos ao produtor que amargaram com alta dos custos, especialmente após as estiagens da temporada passada e no início desta safra.
De acordo com o presidente da Gadolando, Marcos Tang, diversas foram as ações e situações que fizeram com que o produtor chegasse a esta encruzilhada. “Tivemos estiagens repetidas, alta de importações e principalmente a elevação dos insumos para tratar os animais e produzir nosso produto. Defendemos que haja uma medida emergencial de alguma proteção ou que se possa trazer o milho para alimentação mais barato. O produtor não quer chorar e ganhar coisas de graça, mas precisamos ter um mínimo de margem de lucro”, destaca.
Tang ressalta que esta é uma questão de soberania nacional para manter o produtor de leite. “Precisamos de uma atitude momentânea para não corrermos o risco de novamente milhares de pessoas pararem as atividades e sobrecarregar o desemprego nas cidades porque esta é a atividade que mais mantém o homem no campo”, salienta.
O presidente da Gadolando reforça que, em relação às políticas governamentais, para os ministérios é complicado limitar ou taxar importações devido às legislações do Mercosul, mas uma tarifa seria necessária sob pena de prejudicar enormemente o produtor. “Precisa algo ser feito para manter o nosso produtor vivo”, defende.