Estado mantém vigilância intensificada sobre a influenza aviária após decretação de emergência zoossanitária no país

No Rio Grande do Sul, a vigilância ostensiva segue intensificada, incluindo o monitoramento e o avistamento de aves. (Foto: Fernando Dias/Ascom Seapi)

A Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) tem intensificado a vigilância sobre a disseminação da influenza aviária no Estado. Na segunda-feira (22), o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) decretou estado de emergência zoossanitária no Brasil pelo período de 180 dias, após a detecção de sete casos da doença, que tem alta patogenicidade. Foram confirmados seis casos no Espírito Santo e um no Rio de Janeiro.

“Esse é um protocolo estipulado para os países membros da Organização Mundial de Saúde Animal quando há ocorrência de enfermidades de notificação obrigatória, como é o caso da influenza aviária”, explica a diretora do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal da Seapi, Rosane Collares.

O Serviço Veterinário Oficial do Rio Grande do Sul já realizou 2.295 ações de vigilância ativa desde janeiro de 2023. Estima-se que 1,82 milhão de aves foram observadas. Também foram realizadas 1.680 ações de educação sanitária, com alcance estimado de 949 mil pessoas. Nas ações de vigilância ativa, houve cinco suspeitas fundamentadas, mas todas já estão descartadas.

“Aqui no Rio Grande do Sul, seguimos com a vigilância ostensiva bastante intensificada e com o monitoramento e avistamento de aves. Estamos trabalhando para que, no caso de ocorrência no Estado, a detecção seja precoce e para que possamos agir o mais rápido possível”, ressalta Rosane.

A vigilância passiva recebeu 72 notificações de casos suspeitos, com coleta de amostras em 15 dessas ocorrências. Todos os laudos foram negativos para influenza aviária.

O documento que decreta o estado de emergência zoossanitária no Brasil prorroga, por tempo indeterminado, o que foi disposto na portaria ministerial 572, de 29 de março: a suspensão de feiras e exposições de aves em todo o território nacional e o recolhimento de aves criadas livremente em abrigos telados, sem acesso aos piquetes.

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