A importância do papel da escola e da família no combate à evasão escolar

Dificuldades impostas pela pandemia, levaram mais de 4 milhões de estudantes brasileiros, com idades entre 6 e 34 anos, a abandonarem os estudos em 2020. (Foto: Divulgação)

A chegada da pandemia da Covid-19 impôs diversas mudanças no cotidiano das pessoas, mostrou as dificuldades de diferentes setores da sociedade para migrar para o digital e acabou revelando a importância do papel social da escola no esforço de tornar o aluno um agente social em sua comunidade. Se por um lado havia o desafio de estudar e trabalhar, agora os alunos lidam com diferentes situações, o que muitas vezes, desmotivam a continuar os estudos.

Com o novo formato de estudos on-line, vieram à tona assuntos preocupantes no Brasil: como o abandono e a evasão escolar. Essas dificuldades impostas pela pandemia, levaram mais de 4 milhões de estudantes brasileiros, com idades entre 6 e 34 anos, a abandonarem os estudos em 2020. A taxa de desistência chegou a 8,4% em 2020, segundo pesquisa C6 Bank/Datafolha.

O estudante Heverton do Amaral, 17 anos, está no primeiro ano do ensino médio e quase entrou para essa estatística também: “parecia que a gente ainda estava nas férias, mas também tinha algo para fazer, se acostumar a fazer a lição quando parece que está em férias eternas era difícil de entender e se adaptar, eu ficava cabisbaixo”.

Foi nesse momento que vieram as notas ruins e as inúmeras lições para fazer: “acabei deixando de fazer as lições por causa da pressão e do desânimo mesmo, as lições se acumulavam e me sentia acabado, não estava pensando muito em estudar e sim em jogar e ver vídeos”.

Ao identificar uma possível desistência do aluno, Eliana do Amaral, mãe do jovem Heverton procurou a escola para pedir ajuda. Ela destacou que o filho faz acompanhamento médico para ajudar na ansiedade e na concentração e que com o modelo remoto de estudos, ficou preocupada com o desempenho do filho.

Após uma conversa da escola com o filho Heverton que estuda no Conjunto Educacional Boa Vontade da LBV, o aluno lembrou que surgiu um estímulo feito pela escola: “falei que gostava muito de cantar e de tocar berrante. A escola fez um desafio: se fizesse todas as lições sozinho ele iria cantar e tocar na formatura. Heverton lembra que se sentiu valorizado com a proposta: “Me senti mais animado, foi um desafio e não apenas uma lição”, relata.

Com a nova proposta, o aluno se organizou nos estudos, concluiu o ano e conseguiu cantar na cerimônia de sua formatura: “foi especial porque tive que passar pelo tapete vermelho, subir no palco e tirar fotos e fazer a gravação da música que escolhi, relata o aluno, todo orgulhoso.

Essa e outras estratégias serão compartilhadas no 23º Congresso Internacional de Educação da LBV, que acontecerá no formato on-line dias 28, 29 e 30 de junho, a partir das 19h30, sob o tema: “Estratégias para aulas remotas — tecnologia, jogos e inclusão: Uma visão além do intelecto.

Para inscrições acesse a página www.lbv.org/congresso-de-educacao

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