Que tombo seus…
Bagual xucro? – Qual nada –
Pior que isso parceiro…
Parece mentira…
Pois olhe vencê que muito andei
Neste Rio Grande,
E muito queixo de flete quebrei
pelas aí.
E voltei com ar de mandão –
E com manhas de sabe-tudo!
E foi então que se atravessou
Aquele corpo de china
De fazer parar o baile…
E os mendrujos todos
Lhe bombeando os passos
No bolear da anca!…
Que pedaço parceiro!’
Capim proibido
Pra touro crioulo
De sangue comum!
Mas fui chegando…
Como quem não se dá por achado –
E muito suador dei no meu tostado
Num vaivém tapando rastro,
Rondando a casa da ventana.
Até que um dia…
Domingo… Sol de rachar,
Toquei um frasco de canha pelas ventas
E resolvi chegar.
E encostei:
– Mima flor que Deus criou –
Vancê quer casar comigo?
Ixe… salta malacafento
Peão ordinário –
Vá te dá o valor… metido!
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Tanto queixo de bagual quebrado…
Tanto bochincho ganho na raça…
E agora um tombo de culo clavado!
Montei e parti
Lenhando de espora
O pobre tostado!
E então murmurei…
Que falta de cancha!
Marco Pollo Giordani