O que comer para preservar a saúde óssea e muscular após os 30 anos

A nutricionista e colunista do JTR, Bárbara Freitas, dá algumas dicas para passarmos pela estação mais fria do ano da forma mais saudável possível. (Foto: Divulgação)

A partir dos 30 anos, o corpo começa a sofrer mudanças sig­nificativas, especialmente na saúde óssea e muscular. A perda de massa muscular, conhecida como sarcopenia, e a diminuição da densidade óssea são fenômenos naturais, mas que podem ser minimizados com uma alimentação adequada. Nesse contexto, garantir a ingestão de nutrientes essenciais se torna uma es­tratégia indispensável para manter a vitalidade e prevenir pro­blemas futuros.

O cálcio é um dos nutrientes mais importantes para a saú­de óssea. Ele é essencial para manter a densidade dos ossos e prevenir condições como a osteoporose, que pode se manifes­tar mais tarde na vida. Fontes ricas de cálcio incluem produtos lácteos, como iogurte e queijo, mas para quem possui intolerân­cias, alternativas como leites vegetais fortificados, brócolis e amêndoas são ótimas opções. No entanto, o cálcio sozinho não faz milagres; ele precisa da vitamina D para ser adequadamente absorvido pelo corpo.

A vitamina D pode ser obtida através da exposição ao sol, mas muitas pessoas, especialmente as que vivem em regiões com pouca exposição solar, precisam buscar fontes alimenta­res ou suplementação. Peixes gordurosos, como salmão e atum, além de ovos, são boas fontes de vitamina D. Esse nutriente é fundamental não só para a saúde dos ossos, como também para a função muscular, ajudando a prevenir fraqueza e quedas.

Quando falamos em preservação muscular, as proteínas são indispensáveis. Após os 30 anos, a capacidade do corpo de sintetizar proteínas diminui o que torna ainda mais importante garantir uma ingestão adequada desse macronutriente. À me­dida que envelhecemos, a taxa de produção de proteínas nos músculos diminui. Por isso, notamos que pessoas idosas têm pouca massa muscular – o que contribui para a diminuição da estatura (altura) também, além de outros fatores, assim como uma saúde mais frágil, enquanto que a perda de proteínas pode continuar no mesmo ritmo ou até aumentar. Isso resulta em um desequilíbrio que contribui para a perda maior de musculatura.

Frango, peixe, leguminosas e ovos são exemplos de fontes de proteínas de alta qualidade. A recomendação para quem deseja manter ou aumentar a massa muscular é consumir proteínas em todas as refeições, especialmente após atividades físicas, quan­do os músculos precisam de reparo e construção.

Outro nutriente essencial é o magnésio, que desempenha um papel na função muscular e na saúde óssea. Ele pode ser encontrado em alimentos como espinafre, sementes de abóbora e amêndoas. O magnésio ajuda a regular a contração muscular, evitando cãibras e facilitando a recuperação pós-exercício.

Assim, após os 30 anos, a alimentação deve ser vista como uma aliada para preservar a saúde óssea e muscular. Manter uma dieta rica em cálcio, vitamina D, proteínas e magnésio não só previne problemas futuros, como também garante mais dis­posição e vitalidade para aproveitar as próximas décadas com qualidade de vida.

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