No dia 19, em parceria com o Sesc, o Seival recebe o público em geral junto ao trapiche da praia do Laranjal. Haverá música ao vivo (voz e violão) e exibição do episódio da série global A Casa das Sete Mulheres (2002).
Conforme matéria publicada no Jornal Tradição Regional já está em Pelotas uma reconstituição do famoso Lanchão Seival, tão atuante na época da Revolução Farroupilha.
Pelotas é o segundo município a receber a embarcação, que conduz o projeto Seival e os caminhos de Garibaldi. O primeiro foi Rio Grande, onde a tripulação (o idealizador e coordenador, Antonio Carlos Rodrigues, sua irmã, Maria de Fátima, que também faz a coordenação, e Alan Floyd, que presta serviço voluntário como imediato) permaneceu durante seis dias, e de lá veio em percurso de 60 quilômetros pelo canal São Gonçalo quase que totalmente à vela.
Mas vamos conhecer um pouco da história do famoso lanchão:
Seival foi um lanchão utilizado por Giuseppe Garibaldi na Tomada de Laguna, que culminou com a proclamação da República Juliana, durante a Guerra dos Farrapos. O nome é alusão à vitória na Batalha do Seival, em data anterior à fabricação do barco.
A embarcação foi conduzida por terra, sobre rodas e puxada por juntas de bois, e por água, aproveitando o sistema lacustre costeiro dos estados do Rio Grande do Sul e sul de Santa Catarina.
Durante a Revolução Farroupilha, queria seus líderes obterem um porto para que a República de Piratini respirasse, ou até que isto fosse impossível, interferirem no comércio do Império, mediante atividades corsárias. Para tal, depois do estudo de situação, decidem pela construção de um estaleiro na margem direita da barra do rio Camaquã, aproveitando as instalações da antiga charqueada situada neste local, em terras do atual município de São Lourenço do Sul e que na época, faziam parte da Estância de Brejo, propriedade de Dona Antônia, irmã do coronel Bento Gonçalves da Silva, presidente da República Rio-Grandense, ou do Piratini.
Esta e outras belas histórias do nosso Rio Grande do Sul estarei contando no meu livro, que já está no prelo, chamado Histórias e Estórias do nosso Rio Grande do Sul. Brevemente darei mais detalhes.
Obrigado a todos que acompanham as colunas que aqui escrevo e “Até a próxima, Tchê!