Hoje vamos falar de esportes, alguns causos mais antigos quando se ia de carroça, bicicleta ou de caminhão quando era mais longe…
O Internacional do Cerro das Antas cruzou o passo da Maria Antônia e pela primeira vez se foi a Coxilha dos Piegas jogar em uma festa no campo do Sarandi FC. Foram de carroça e o samba e a marvada correndo frouxo. Saíram antes do raiar do sol chegando na hora da boia. Tinha um capão nas brasas pros visitantes e a indiada se botou que nem corvo na carniça.
Foram jogar lá pelas 16h e meios de guampa cheia levaram uma sonora goleada. Fim de jogo se largaram para as casas e a torcida na espera era grande. Como era noite, fizeram uma fogueira enorme no estádio com dois ou três capões no espeto de taquara porque certamente vinham brazinos de fome.
Quando a primeira carroça despontou no corredor começou um bombardeio. Eram foguetes. Tiros de 44 e armas de caça. Coisa nunca vista. Aí desceram e o seu Nenê Borges, entusiasta do esporte, indagou ao Dola, também conhecido por ET de Varginha, o placar do jogo. Este respondeu sem hesitar: “levemo 10”. Aí bateu um silêncio. Ele abriu o peito e gritou de a goela: “Tomemo dez, mas caguemo eles a butina”. Aí foram à loucura.
Gol contra… de goleiro
Jogo em nosso estádio lotado e nos enfrentando o poderoso Guarani de Piratini. Jogo pra lá de brabo mas o Farroupilha, nosso time, tava afiado e não se entregava mas quando o juiz deu uma falta em frente à nossa área que se deu a cagada. O Luiz, que jogava muito e também chutava, foi bater a dita falta e nós, por garantia, botamo meio time na barreira. Mandou uma bomba e o Zé, nosso goleiro, encaixou o balão, mas o boné caiu dentro do gol. Ele, com o balão debaixo do braço foi buscar o inseparável amigo… Um a zero. Ninguém brigou, virou motivo de gozação.