Dispositivo móvel

Descobri que a primeira ligação de celular foi realizada na década de 1970. Fico surpresa por terem passado décadas sem que eu soubesse disso.

Lembro que o primeiro aparelho que tive foi por volta de 2002. Demorou para me alcançar. E levei algum tempo para me adaptar as suas utilidades. Vinda da era do telefone fixo preso por fios, encarar a portabilidade do celular foi um desafio.

Os dispositivos evoluíram com a tecnologia e, atualmente, se denominam telefones inteligentes (“smartfones”). Mas fazem com que eu me questione sobre o quanto de minha inteligência influencia a inteligência virtual.

O celular passou a ser uma extensão dos usuários com um “fio” invisível, que eu denominaria de cordão umbilical.

Dominam a realidade do cotidiano mundial. Esse aparelho portátil permite fazer e receber chamadas telefônicas em qualquer local, troca de mensagens, armazena fotos, dados pessoais, jogos virtuais, dados bancários, ferramentas de pesquisas e o mais fantástico é que a cada dia surgem outras funções.

O telefone celular alcança qualquer idade. Bebês se encantam com desenhos e músicas que lhes apresentam para distração, mesmo que por alguns raros momentos. Crianças os manuseiam com uma habilidade nunca suposta. Adolescentes acordam e dormem com o celular nas mãos e são os mais exímios utilitários desse dispositivo.

Em qualquer lugar, “na rua, na chuva ou na fazenda”, como diz a canção, desfilam os celulares em abundância.

Cabeças baixas, colunas cervicais sendo danificadas pela posição sistemática e ouvidos surdos a qualquer som que não seja transmitido pelos fones de ouvido.

A dependência que os telefones inteligentes criaram e, efetivamente, persistem a inovar para engajar seus usuários mais e mais me preocupa porque desconheço o que o futuro da tecnologia nos trará. As perspectivas são vastas e amplas.

O meu ponto de vista e o bom senso me fazem pensar que o celular não pode e nem deve me usar. Sou eu que devo ditar as normas de uso. Eu que devo usá-lo estabelecendo limites de liberdade para desatar, quando me convier, esse fio invisível.

“Tudo é veneno. É só uma questão de dose”, como disse o médico e físico suíço-
alemão, Paracelso, no século 16, é mais atual do que nunca.

Tudo tão fácil! Basta teclar com a ponta dos dedos na telinha e o mundo fica a nossa disposição para facilitar as tarefas do dia a dia. Um universo de alternativas e ferramentas mágicas que solucionam problemas, esclarecem dúvidas, estreitam distâncias.  Fenômeno que permite que criemos modalidades de comunicação com gravações de áudios, de vídeos e por aí afora.

Os aplicativos de celular, programas de software, facilitam a tarefas e entretenimento dos usuários de celular: chamar um táxi, baixar músicas, pedir uma refeição, comprar on-line.  É uma imensa gama de opções a serem usufruídas.

Além disso, as redes sociais, que são oferecidas para a comunicação em grupo e possibilitam o inimaginável em recursos para nos vincular ao universo cibernético, estão em alta.

Por ora, consigo me desvincular da dependência do celular e o deixo em casa sempre que possível para espanto de muitos.

Meu cordão umbilical foi cortado no instante em que nasci. Dispenso qualquer outro.

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