Cruzamentos
Risco: colisão lateral.
O que fazer: atravessar o caminho por onde passam outros veículos naturalmente traz mais riscos, mesmo quando há um semáforo. O National Safety Council, entidade americana que cunhou o termo direção defensiva, estima que, nos Estados Unidos, uma em cada três colisões entre dois veículos é lateral. Ainda que você nunca ultrapasse o sinal vermelho, não dá para garantir que todos vão fazer o mesmo. Para evitar sustos, há um macete para você se prevenir quando for o primeiro da fila: em vez de esperar o sinal verde com o carro em primeira marcha e acelerar no primeiro instante, deixe o câmbio na posição neutra e relaxe os braços sobre as pernas. O tempo que você leva para engatar a marcha é suficiente para o caminho à frente ficar livre ou evitar que um apressado atinja a lateral do seu carro. O ideal é reduzir a velocidade antes de chegar ao sinal fechado, para não precisar parar no cruzamento – uma medida de segurança e que economiza combustível. Mas, quando o semáforo abrir, nada de pisar fundo no acelerador. Atravesse o cruzamento sem pressa e nunca se esqueça de observar os dois lados, mesmo com sinal verde: se outro veículo surgir em alta velocidade, você terá tempo de pisar no freio e evitar a colisão.
Ofuscamento por farol alto
Risco: falta de visibilidade
O que fazer: essa situação é mais comum em rodovias, mas também pode ocorrer em caso de falta de luz ou em cidades mal iluminadas. Um automóvel vem no sentido oposto ao seu com farol alto e, pronto, você deixa de enxergar o caminho por tempo suficiente para passar em um buraco, atingir um obstáculo ou, em casos mais graves, invadir o sentido contrário da pista. “Essa cegueira temporária pode durar até 4 segundos”, afirma Dirceu Rodrigues Alves Júnior, da Associação Brasileira de Medicina do Trânsito. Logo que você perceber um veículo com farol alto vindo em sua direção, olhe para baixo e à direita, em direção à faixa branca que delimita a rodovia ou ao meio-fio da rua. “Isso ameniza o fechamento da pupila e você consegue manter a trajetória correta, mesmo se houver uma curva à frente”.
Travessia de pedestres
Risco: atropelamento
O que fazer: Pedestres são as vítimas mais vulneráveis no trânsito. No Brasil, correspondem a 28% dos mortos em acidentes. Quem dirige pode reduzir a gravidade dos atropelamentos andando mais devagar perto de pontos de ônibus, escolas e ruas com maior fluxo de pedestres.
Uma pessoa atropelada por um carro a 30 km/h tem 90% de chances de sobreviver, índice que cai para menos de 50% se o veículo estiver a 45 km/h. E não precisa olhar para o relógio: para ir de uma esquina à outra em um quarteirão de 100 metros, você vai levar só 4 segundos a mais. Chamar a atenção do pedestre também evita acidentes.
Ao sair de um estacionamento com pouca visibilidade, situação comum em garagens subterrâneas, dê um leve toque na buzina e use o farol baixo. Sempre sinalize mudanças de direção, mesmo sem veículos por perto ou se a conversão for obrigatória. Sabendo aonde o carro vai, o pedestre avalia melhor se tem tempo para atravessar ou não. E redobre a atenção quando a fila de carros ao lado estiver parada: sempre pode haver um pedestre andando fora da faixa de segurança.
Fonte: Quadro Rodas