É um dia de homenagear aqueles que partiram para os campos de Manitu, ou seja, o céu. Partiram uns mais cedo, outros quase centenários, mas sempre deixando um rastro de saudades aos que ficam.
Em tempos idos, no 3º Distrito de Piratini, nessa data acontecia uma grande festa promovida por um cidadão chamado Rosa Branca. Tinha carpa sortida, rapadura, gasosa, galinha caseira com arroz, leitão assado e churrasco de ovelha assado em espeto de madeira. Enquanto isso, rolava um “Jogo da Tava” ou “Jogo do Osso”, um carteado macanudo, e quando alguém se apertava das urinas, se ladeava e era por ali mesmo. No outro dia, o cheiro era insano.
Ali, moravam muitos fazendeiros, sempre de guaiaca cheia, e a peonada não se michava atracando num samba meio a meio apelidado “Nega de Botina” – e o Rosa Branca sempre de olho para manter o respeito. Na frente ficava o Cemitério, lugar de respeito, onde se o cara fosse mijar, primeiro fazia o sinal da cruz.
Rosa Branca partiu, se foi a São Pedro, até porque é o padroeiro do Rio Grande, e isso só poderia acontecer por aqui em Piratini, a boa e velha Capital Farroupilha.