Café: o que você precisa saber antes da próxima xícara

A nutricionista e colunista do JTR, Bárbara Freitas, dá algumas dicas para passarmos pela estação mais fria do ano da forma mais saudável possível. (Foto: Divulgação)

Com a popularização de diferentes aromas e texturas, o café tem con­quistado cada vez mais espaço nas nossas rotinas. Mas será que essa bebida é tão inofensiva quanto parece? O café, esse companheiro fiel de tantas manhãs, é mais do que uma simples bebida; é quase um ritual diário para milhões de pessoas. Para esclarecer as dúvidas que surgem diariamente, fiz um compilado das perguntas mais frequentes.

O questionamento que muitos se fazem é: quanto café é seguro tomar por dia? A resposta, claro, depende. Em geral, recomenda-se um consumo de 3 a 4 xícaras diárias, mas a verdade é que esse número pode variar bastante. Para alguns, uma xícara já é o suficiente para dar aquela acordada; para outros, o limite parece não existir. No entanto, vale lembrar que exagerar pode deixar você mais ligado do que o necessário – e nem sempre de uma maneira agradável.

Os efeitos do café na saúde são um capítulo à parte. Ele tem uma lista de benefícios, como melhorar o foco e a concentração, mas também pode ter seus contras, especialmente se você já é propenso à ansiedade ou sofre de insônia. Por outro lado, há estudos que indicam que o consumo moderado de café está associado a uma vida mais longa. Parece um bom motivo para continuar com o hábito, mas sempre com moderação. Se o sono é um dos seus bens mais preciosos, talvez seja melhor reconsiderar a quantidade de café consumida ao longo do dia. Como a cafeína é um estimulante potente, seu efeito pode durar horas. Portanto, para garantir uma noite de sono tranquila, a recomendação é evitar o café pelo menos 6 horas antes de dormir. Parece um sacrifício, mas o seu sono agradece.

Quando o assunto é emagrecimento, muitas pessoas se perguntam se o café pode ajudar ou se atrapalha. A verdade é que o café puro não vai comprometer seus esforços para perder peso e pode até dar uma mãozinha na queima de calorias. Mas atenção: o problema não está no café em si e, sim, nos acompanhamentos. Açúcar, creme, chantilly… Esses podem fazer a balança inclinar para o lado errado.

Entre as dúvidas mais comuns também está a escolha do tipo de café. Coado, expresso, descafeinado… Qual é o mais saudável? A resposta pode ser um tanto subjetiva, porém, o mais importante é escolher o que melhor se adapta ao seu gosto e à sua rotina. Só uma observação: o café descafeinado ainda contém cafeína, mesmo que em menor quantidade, e o processo de descafeinação é um tema que merece uma discussão à parte.

Se você é daqueles que buscam um impulso extra para se exercitar, saiba que uma xícara de café antes do treino pode melhorar o desempenho. No entanto, tenha cuidado: mais café não significa mais energia. O segredo está na dose certa e não em beber uma jarra inteira. E quanto à digestão? O café pode ser tanto um aliado quanto um vilão, dependendo do seu sistema digestivo. Para alguns, ele é o combustível que faz o intestino funcionar, enquanto para outros, especialmente quem sofre de refluxo, pode causar desconforto.

Por fim, uma dúvida clássica: o café desidrata ou não? A boa notícia é que, em quantidades moderadas, o café não vai causar desidratação. Então, sim, você pode contar aquela xícara como parte da sua hidratação diária. Em suma, o café é um companheiro versátil, com seus prós e contras. Como tudo na vida, o equilíbrio é fundamental. E se ainda restar dúvida, quem sabe mais uma xícara não ajude a clarear as ideias?

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