A Síndrome do dedo podre

Otávio Avendano é Psicanalista, hipnoterapeuta e neurocientista do comportamento humano. (Foto: Arquivo Pessoal)

Gostar de pessoas que rejeitam ou causam algum tipo de sofrimento, ter o chamado “dedo podre”, pode ser mais comum do que se possa imaginar. Esse comportamento tem uma raiz inconsciente.

Parece até que a pessoa gosta de sofrer, já que somente se atrai por relacionamentos que causam dor. Mas não é exatamente isso. O problema é um pouco mais profundo. Na verdade, ninguém gosta de sofrer, mas pode ficar condicionado a uma busca incessante por aprovação desde a infância.

Para que a criança possa desenvolver a sua autoestima e sentir que tem valor, ela precisa receber amor e atenção de forma suficiente e adequada. Só que nem sempre isso acontece.

Muitos vão passar por experiências que deixarão marcas de rejeição. Uns mais, outros menos. O sentimento de rejeição é gerado a partir de críticas, indiferença, cobranças excessivas, falta de atenção, abuso físico e psicológico…

Quando a criança passa por essas experiências, inconscientemente interpreta que deve ter algo de errado com ela, que talvez não seja digna de receber amor. E assim desenvolve problemas em sua autoestima.

Então a criança se torna um adulto e repete esse comportamento nos relacionamentos amorosos. Quando o parceiro é legal, a pessoa não consegue se sentir atraída. Quando o relacionamento reproduz o círculo vicioso da rejeição, a pessoa sente imensa atração e se submete a migalhas de aprovação e atenção.

Essas crenças limitantes que carregamos formam uma circuitaria neuroquímica em nosso cérebro, que encontra familiaridade nos relacionamentos tóxicos e muitas vezes a separação é sofrida, pois o cérebro interpreta que perdemos algo importante, entrando em abstinência, e a crença é reforçada na busca de outro relacionamento com o mesmo padrão ou, até mesmo, retomando o relacionamento.

A Hipnose Clínica auxilia a construir outra circuitaria cerebral, através da modificação desse padrão, possibilitando uma visão por um ângulo mais libertador e reforçador do amor próprio.

É importante buscar ajuda para construir e reforçar o amor-próprio. A terapia é uma ferramenta que auxilia o cliente a resgatar amorosamente essa criança interior sofrida e quebrar o medo da solidão e da rejeição, superando a crença limitante de desvalor. Afinal, todos merecemos ser amados de verdade!

*Otávio Avendano é Psicanalista, hipnoterapeuta e neurocientista do comportamento humano.

Telefone/WhatsApp: (53) 99162.7411
Instagram: @otavioavendano

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