Chuva ameniza situação da estiagem em Piratini

Segundo o secretário, além da chuva o município precisa de mais ajuda do Estado e da União (Foto: Nael Rosa/JTR)

Tão necessária e esperada, a chuva finalmente caiu em Piratini. Ao todo, 133 milímetros foram registrados entre os dias 21 e 23 de maio, consequentemente reduzindo os pedidos de água potável feitos por moradores na zona rural à Secretaria Municipal de Desenvolvimento Rural que operava no limite da distribuição.

Segundo o titular da pasta, Jovan Lima, até a chegada da precipitação a situação era classificada como crítica, pois mesmo com os dois caminhões-tanque da Prefeitura e um terceiro pertencente ao Exército, não foi possível atender a todos.

“Nos cinco distritos rurais de Piratini estávamos com 700 famílias cadastradas, atendidas com água potável, mas não dávamos conta de ajudar todas. Quando conseguíamos, levávamos cerca de 20 dias para retornar ao mesmo local devido à demanda”, detalhou Lima.

O secretário disse que será avaliada a redução na requisição por água, porque como muitos poços estavam secos, ficam com o líquido impróprio para consumo por causa da presença de barro. “Neste primeiro momento, mesmo de forma reduzida, devemos manter o fluxo de viagens para o interior, mas com o passar dos dias isso deve diminuir, já que a água dos reservatórios deixará de ficar barrenta e poderá ser consumida”, explicou o gestor.

Conforme Lima, infelizmente, somente a chuva não resolve todos os problemas causados pela estiagem, pois a chegada do frio deve castigar ainda mais os produtores que não puderam colher este ano, uma vez que, o que a seca não matou, enfrentará a geada. Por isso, é necessária a ajuda do governo do Estado e também da União para quem da terra extrai o sustento.

“O município precisa de ajuda diante do seu decreto de emergência. Por enquanto, o que Piratini recebeu foi R$ 45 mil da Defesa Civil para a compra de combustível, e isto é insuficiente. É preciso, por exemplo, o perdão para quem aderiu ao sistema Troca-Troca de Sementes, uma vez que a dívida é paga com o que se colhe. Como nada se colheu, fica impossível quitar os débitos”, destacou o secretário.

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