Prefeita de Pelotas fala sobre situação da Covid-19 em transmissão ao vivo

Prefeita Paula Mascarenhas (Foto: Arquivo/Gustavo Vara/Prefeitura de Pelotas)

Na manhã desta terça-feira (23), a prefeita Paula Mascarenhas (PSDB) realizou uma transmissão ao vivo para tratar da situação do novo coronavírus em Pelotas.

Inicialmente, ela lamentou as duas mortes causadas pelo vírus, sendo uma delas referente ao médico José Raymundo. “Essa doença é grave e mata”, afirmou a prefeita, ressaltando a importância de todos terem consciência para evitar o contágio, seguindo as medidas de prevenção.

Atualmente, o município registra 197 confirmações de Covid-19. Do total, 145 pessoas são consideradas recuperadas. Ainda, o município conta com 58 leitos de enfermaria, com dois pacientes internados, e 31 leitos de UTI, também com dois pacientes internados.

Em relação à bandeira laranja (risco médio), Paula explicou que a região tem uma média capacidade de sistema de saúde com baixa propagação de vírus, sendo levado em consideração para a mudança o número de internações hospitalares. “No momento em que as coisas começam a se alterar negativamente, a bandeira vem para chamar atenção das pessoas. É um sistema de avaliação e monitoramento, nos ajuda a balizar as ações, no sentido de proteger a comunidade”, declara.

Sobre um novo decreto que possibilitaria flexibilização nas atividades esportivas e para academias, a chefe do Executivo alegou que será adiado. “É uma questão de responsabilidade. Temos que ter cuidado. Precisamos de mais tempo para avaliar, com cautela”, comenta.

Questionada sobre a retomada do Campeonato Gaúcho, ela afirma que é contra a retomada no próximo mês. “O mês de julho vai ser o mais difícil no Rio Grande do Sul. Não é o momento. Espero que tenhamos mais tempo para definir”.

Novos protocolos

Na segunda-feira (22), foi publicado o Decreto Municipal nº 6.284, que prevê novos protocolos para o controle de casos de síndromes gripais e contaminação pelo novo coronavírus.

Com isso, além de realizar o afastamento dos trabalhadores, assim como seus contactantes, a empresa fica obrigada a comunicar à Vigilância Epidemiológica os casos sintomáticos, assim como positivos, para evitar possíveis transmissões. A não informação  pode resultar em sanções administrativas e, até mesmo, criminais.

O procedimento, na situação de resultado negativo, será manter o funcionário afastado até a melhora dos sintomas. Os contactantes poderão voltar ao trabalho com a condição de continuar com os protocolos de higiene.

O funcionário com contágio confirmado e os contactantes precisam ficar afastados por 14 dias. Antes do retorno às atividades, o empregador possui as obrigações de oferecer a realização de teste rápido para Covid-19 e encaminhar o laudo à epidemiologia municipal.

Ainda, há possibilidade de fechamento da empresa ou atividade, por 14 dias, se apresentar 30% ou mais de casos confirmados na mesma unidade operacional. Após essa determinação ser cumprida, as instalações têm de ser desinfectadas, com comprovação ao Departamento de Vigilância Sanitária.

Segundo a prefeita, um possível surto pode afetar a estabilidade dos casos, “por isso devemos ter esses protocolos mais rígidos. São essas pequenas precauções que vão fazer a diferença”.

Denúncias

A população pode realizar denúncias de eventos e festas particulares – proibidos neste período – para a Guarda Municipal, através do 153. Conforme Paula, não é aplicado multa, pois o projeto está em análise.

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