Sair do emprego formal nem sempre é uma situação simples, mas para João Paulo Kuhn, de 27 anos, essa foi a oportunidade de ter controle sobre sua rotina e tempo de trabalho. Assim, para conquistar a desejada “liberdade de tempo” e manter as contas sob controle, ele começou a atuar como motorista de aplicativo em Pelotas.
Porém, a pandemia do novo coronavírus fez com que ele tivesse que se adaptar novamente. Com as escolas, faculdades e comércio fechados, coube a Kuhn buscar novos horários para trabalhar, a fim de alcançar o mesmo retorno financeiro que obtinha antes da Covid-19. Além disso, máscara, álcool gel, luvas e até uma proteção plástica separando o motorista dos passageiros fazem parte da nova rotina.
Mesmo nessa situação, o motorista se diz grato pelo trabalho que exerce, já que é a partir dele que se torna possível conhecer melhor a cidade em que vive. “Estou há 11 meses trabalhando no aplicativo e pretendo continuar”, afirma.
Além disso, Kuhn é co-fundador do grupo de WhatsApp “Sparta”, que segundo ele foi criado para dar suporte e apoiar os motoristas envolvidos. Assim, os profissionais do aplicativo Uber que aderem ao projeto recebem um adesivo para identificar o veículo e assumem o compromisso de somar ao grupo sempre que possível.
“Quando vejo um carro adesivado, fico feliz por saber que tem outra pessoa ali junto comigo caso aconteça alguma coisa”, finaliza.