Ciclista pelotense que mora no Piauí está em viagem de retorno

Ciclista Joaquim Fagundes Peres tem 62 anos (Foto: Gerson Baldassari/JTR)

O ciclista Joaquim Fagundes Peres, de 62 anos, que veio do Piauí a Pelotas de bicicleta, está novamente na estrada com destino a cidade de Barras, no Piauí, a 120 quilômetros da capital Teresina. Em Pelotas, Peres permaneceu por cerca de 30 dias visitando familiares e amigos. Entre vinda e ida, o ciclista percorrerá uma distância de 10 mil quilômetros.

Ao sair de Pelotas no dia 27 de abril e rodando cerca de 100 quilômetros por dia, a previsão é de que até hoje (7) esteja em rodovias catarinenses. Quando saiu do Piauí, no dia 1º de fevereiro e chegou em Pelotas, no dia 25 de março, o aventureiro desceu o país por Brasília, e agora subirá saindo do Rio Grande do Sul, passando por Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais e Belo Horizonte.

Natural de Pelotas, Peres foi para o Piauí trabalhar, mas já tem planos para retornar a sua terra natal. O gosto por aventuras não é de agora. Ele conta que já realizou inúmeras viagens de carro, ônibus e foi até mochileiro, mas aos 55 anos teve problemas nas articulações e por recomendação médica deveria praticar natação ou ciclismo. Optou pelo ciclismo e se apaixonou pela modalidade esportiva e a partir disso começou a frequentar grupos de ciclismo dos sessentões, onde fez muitos amigos, dando início às primeiras viagens pelo nordeste.

Falando sobre perigos da viagem, Peres disse que a maior dificuldade encontrada é a falta de locais adequados para trafegar com segurança nas rodovias. “Nas BRs o ciclista anda no acostamento. Já nas rodovias estaduais não há acostamento e o ciclista tem que andar na linha branca, bem próximo dos caminhões, o que me deixa apreensivo, porque são veículos grandes e ao passar, o vácuo tenta puxar para baixo do veículo. Já quando há vento contra o ciclista, acontece o contrário, você é empurrado para fora da rodovia. É preciso atenção todo o tempo”, explicou.

Com relação ao equipamento de viagem, ele carrega em sua bicicleta somente o essencial para diminuir o peso da carga: três mudas de roupas de ciclista, ferramentas para bicicleta, ferramentas para o conserto de pneus, barraca, esteira de yoga, panela pequena, frigideira, espiriteira/fogareiro a álcool.

Para aguentar todo esforço é necessário uma alimentação baseada em verduras e legumes, porque é uma alimentação leve. “O ciclista aguenta toda pressão se ele tiver uma boa alimentação e, a comida, de minha preferência é a mais colorida possível, porque ela me dá os nutrientes necessários para seguir viagem”, citou Peres.

Segundo ele, a previsão de chegada ao Piauí, é no início do mês de julho.

Quando retornar a morar em Pelotas, o ciclista disse que não vai parar de pedalar, pretende organizar um grupo de amigos e andar por muitos lugares lindos e até arriscou um palpite. “Quem sabe uma viagem de bicicleta de Pelotas ao Chile, junto de outros amigos ciclistas”, sugeriu.

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