Na tarde desta terça-feira (3), o Cpers-Sindicato realizou ato estadual em defesa da educação e contra o pacote de medidas anunciado pelo governador Eduardo Leite (PSDB) em outubro. A greve do magistério estadual foi iniciada no último dia 18 e, segundo último levantamento do sindicato, já soma mais de 1,5 mil escolas, no estado, paralisadas. O último reajuste salarial da categoria foi em novembro de 2014 e este é o quarto ano com o 13º salário parcelado em 12 vezes.
Conforme a presidente do Cpers, Helenir Aguiar Schürer, a mobilização vai contra as promessas não cumpridas pelo governador, além do projeto Reforma RS, que está tramitando na Assembleia Legislativa. “Nós estamos nesta luta para que ele pague o salário em dia como prometeu e que retire esse projeto da Assembleia”, destaca.
“A nossa greve aconteceu porque o governador tinha prometido na campanha que ele ia pagar nossos salários em dia até o final do ano. Agora, novembro ele vai pagar dia 16 de dezembro, então não vai cumprir a promessa. Nós não aguentamos mais fazer empréstimo todos os meses para receber nosso salário. Além disso, o projeto que ele mandou para a Assembleia diz que vai pagar nosso piso, só que na verdade quem vai pagar nosso piso somos nós mesmos. Ele vai pegar aquilo que a gente já acumulou na carreira, vai juntar tudo e transformar em uma parcela autônoma e tirar o dinheiro dali para completar o nosso piso”, explica Helenir.
O ato realizado no município pelotense reuniu também servidores municipais e federais, em forma de apoio. Até agora, vereadores de mais de 200 municípios lançaram moção de repúdio contra o pacote de medidas, além de partidos como PDT que fechou questão contra o Reforma RS e o PSL que saiu da base aliada do governo.