Na sexta-feira (28), foi realizada a 4ª Edição do Concurso Municipal do Mel de Morro Redondo, no Galpão do CTG Cancela Grande. O evento, que costumeiramente acontece na Festa do município, este ano teve que ser antecipado devido ao VI Concurso Regional de Qualidade do Mel, que acontecerá em Capão do Leão, no dia 3 de maio, portanto antes da 35ª Festa de Aniversário de Morro Redondo.
A Comissão Organizadora do concurso foi composta pela Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Desporto (SMECD), Secretaria Municipal de Desenvolvimento Rural e Turismo (SMDRT), Grupo de Apicultores da Associação Desenvolvimento Comunitário dos Produtores de Morro Redondo (ADCPR-MR), Associação de Empreendedores de Turismo de Morro Redondo (AETMORE) e escritório municipal da Emater/RS-Ascar, com apoio do gabinete da vice-prefeita e da Embrapa Clima Temperado.
Nove apicultores realizaram sua inscrição, num total de 14 amostras de mel, já que cada apicultor pôde se inscrever com duas amostras que ele considere como mel claro e mel escuro.
Antes da abertura do evento, os jurados Maico Vega, Rosemarie Fiss, Natali Hackbarth, Elisa Arndt, Pedro Vieira e Jaqueline Abraham receberam orientações de como proceder para julgar as amostras de mel.
Na abertura estiveram presentes Sabrina Waltzer, presidenta da AETMORE, Evaldo Voss, chefe do escritório Municipal da Emater/RS-Ascar, Maico Vega (União), presidente da Câmara de Vereadores, Jaqueline Abraham, representando a ADCPR-MR, Antônio Martins, secretário da SMDRT, Angélica Boettge dos Santos (PSDB), vice-prefeita e Luis Fernando Wolff, representando a chefia da Embrapa Clima Temperado.
Em suas falas, todos foram unânimes em concordar que o mel é um produto importante na propriedade familiar e que, além de ser testemunho da qualidade ambiental e um excelente alimento para o consumo da família, ainda pode gerar renda.
Adriane Lobo, da equipe da Emater local, fomenta um grupo de Apicultores desde 2016 e disse ficar muito feliz com mais esse concurso, que demonstra o interesse dos apicultores com a qualidade do produto.
Sabrina exaltou a produção de mel do município e disse que todos têm que trabalhar para que se torne um produto turístico. “Temos um grande potencial na apicultura e no turismo. Podemos juntar os dois e termos mais um atrativo para os turistas que visitam nossa área rural”, sugeriu.
Wolff ressaltou que a apicultura é muito importante para a produção de alimentos e a manutenção de um ambiente equilibrado. “As abelhas prestam um serviço ambiental fundamental na natureza, e não é só mel que elas produzem” disse, referindo-se aos serviços de polinização, bem como aos demais produtos, como pólen, cera, geleia real e própolis.
A vice-prefeita, em sua fala, agradeceu aos apicultores de Morro Redondo por manterem a tradição da apicultura viva, pois desde criança convive com essa atividade e sabe da sua importância para as famílias. “Quem sabe poderemos ter num futuro próximo uma agroindústria de mel no município que possa estar aberta à visitação para o turismo?”, disse.
Também estiveram presentes e contribuíram com o andamento do Concurso a Rainha do Município, Maria Alice Milech Prietsch, e a Princesa Lara Alves de Ávila, que atuaram na distribuição das amostras aos jurados bem como na finalização da pontuação.
Logo após a abertura, foi dado início ao concurso, ao mesmo tempo em que ocorreu a palestra do pesquisador Luis Fernando, com título “A apicultura na Agricultura Familiar”.
Como funciona o concurso?
As amostras são entregues para a Comissão de Recepção, em potes plásticos de 250g fornecidos pela Comissão Organizadora (SMECD), iguais e sem uso anterior, lacrados. Cada amostra de mel é entregue em dois potes para que um fique reservado para o Concurso Regional, onde irão concorrer os primeiros e segundos lugares das categorias mel claro e mel escuro. À Emater cabe a transposição dos nomes dos apicultores para números que serão afixados nos potes, sendo que ninguém mais tem o conhecimento sobre de quem são os méis das amostras inscritas. A lista relacionando os nomes aos números fica num envelope lacrado até a hora da revelação dos vencedores.
A etapa inicial do concurso propriamente dito é quando os jurados, de posse de todas as amostras, separam nas categorias mel claro e mel escuro, independente da categoria para a qual o apicultor se inscreveu. Após essa separação, três jurados julgarão a categoria mel claro e três a categoria mel escuro.
Na frente dos jurados cada pote é deslacrado e após é colocada uma quantidade em um copo pequeno para cada um. São julgados os quesitos cor/aspecto, aroma e sabor, pontuando de 1 a 5, sendo a nota maior a melhor pontuação.
Após todos os méis terem sido avaliados, as planilhas de cada jurado são recolhidas e os pontos somados. Só então é aberto o envelope e verificado qual o número relacionado ao nome para os três primeiros lugares de cada categoria.
Após as análises, foram definidos os vencedores. Na categoria mel escuro, o primeiro lugar foi de Jairo Kuhn, enquanto os segundo e terceiro lugares foram de Aliomar Silveira Duarte, possível porque embora o apicultor tenha inscrito seus méis em categorias distintas, os jurados entenderam serem as duas de mel escuro.
Na categoria mel claro o primeiro lugar foi de Manassés Müller, o segundo de Felipe Almeida (Gilson) e o terceiro de Chaiane Borges Signorini
Os troféus para os três primeiros colocados, bem como o Certificado de Participação para todos serão entregues na 35º Festa do Município, dia 14 de maio, às 16h.
VI Concurso Regional de Qualidade do Mel será em Capão do Leão
Os primeiros e segundos colocados nas categorias mel claro e mel escuro participarão do concurso regional que ocorrerá em Capão do Leão na quarta-feira (3), a partir das 8h30 no CTG Tropeiros do Sul, onde estarão concorrendo 10 municípios com 40 amostras de mel.
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