Morro Redondo: OCS Renascer se reúne para preparo de biofertilizante

Reunião visou preparo de biofertilizante SuperMagro. (Foto: Divulgação)

No dia 25 de julho, na propriedade de Sidinei Lopes e Cleunice Lopes, o grupo de agricultores familiares integrantes da OCS Renascer se reuniu mais uma vez, agora para preparar o biofertilizante SuperMagro, um dos principais insumos utilizados na agricultura ecológica e orgânica. Esse biofertilizante foi desenvolvido por um grupo de agricultores ecologistas da Região de Ipê e Antônio Prado/RS em conjunto com os técnicos do Centro de Agricultores Agroecológicos de Ipê no final da década de 80. É uma biotecnologia ao alcance do agricultor e possui variações na receita, que vão depender da disponibilidade de matéria prima e clima da região.

O SuperMagro é o resultado da fermentação da matéria orgânica em meio líquido, adicionada com sais minerais e intermediada por micro-organismos, como bactérias, leveduras e fungos. O processo de fermentação pode levar até 45 dias para ser concluído, dependendo da temperatura do ambiente, pois quanto mais baixa a temperatura mais lenta é a fermentação. Pode ser utilizado em hortaliças, frutíferas, grãos através de pulverizações, fertirrigação ou diretamente no solo, ou em compostos orgânicos, sendo que a concentração para seu uso, varia de acordo com a cultura. Tem como função nutrir as plantas, enriquecer o solo com microrganismos, proporcionando um aumento da imunidade e proteção contra patógenos e doenças.

Para o conceito da agricultura orgânica, o solo é a base de todo processo e é respeitado como um ser vivo. Portanto, quanto mais for estimulada a produção da vida no solo, melhor será para a planta.

Com a assessoria da extensionista rural da Emater do Morro Redondo, Adriane Lobo, foi convidada a extensionista rural Patrícia Grinberg, da Clínica Fitossanitária – Convênio Embrapa Clima Temperado e Emater/RS, para orientar a maneira correta de preparo do insumo, bem como as razões de porquê utilizá-lo.

(Foto: Divulgação)

“O solo é um ambiente vivo, e assim deve ser tratado. As raízes das plantas possuem um ambiente com diversos microrganismos associados, que vão auxiliar no processo de nutrição da planta e resistência às pragas e doenças, aonde um vai auxiliando o outro. Cada ser vivo tem a sua função, o que buscamos é um equilíbrio entre as populações”, ensina Patrícia.

Já o anfitrião, exaltou a dinâmica em grupo como uma forma de aprender mais leve e divertida: “Estamos muito felizes de poder estar fazendo esse trabalho em conjunto, pois sabemos que unidos somos mais fortes. Escolhemos esse tipo de produção e estamos cada vez aprendendo mais, com o apoio da Emater”, disse Sidinei, que também é o coordenador do grupo. Os demais integrantes da OCS, Flávio Reis de Almeida, Márcio Nizolli e Djanira Nizolli, Joaquim Duarte e Leonor Dutra, Aliomar Duarte (Zelo) e Maria das Dores Alves estiveram presentes na atividade.

Agora, ficou a cargo do Sidinei e da Cleunice continuarem o processo de mistura dos minerais, que leva 13 dias. Após isso, é preciso aguardar o processo de fermentação. Depois de pronto, o biofertilizante será dividido entre as famílias de forma igualitária, para posterior utilização nas suas produções.

Nos dias 9, 10 e 11 de agosto, os integrantes do grupo receberão nas suas propriedades a visita da Comissão de Produção Orgânica do MAPA – CPOrg/RS – com o objetivo de verificação dos procedimentos de qualidade da produção orgânica. A reunião também serviu para a organização dessa atividade.

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