A antiga Secretaria de Agricultura, Indústria e Comércio passou a ser nomeada Secretaria de Desenvolvimento Rural e Econômico, por meio da Lei 2.185/2022. A atuação da pasta, no entanto, segue o mesmo padrão, com investimentos no município.
Conforme o titular da pasta, o engenheiro agrícola, Danilo dos Santos Leite, fala que o objetivo com a troca do nome é levar para o município e para a secretaria o foco no desenvolvimento, “deixando claro para a comunidade o desejo de crescimento sustentável desta gestão” afirma.
Entre as ações da política agrícola municipal, está a Patrulha Agrícola, nome dado a um conjunto de máquinas e implementos utilizados para serviços em operações agrícolas disponibilizados aos pequenos e médios produtores, em especial à agricultura familiar.
As principais características são o atendimento e mecanização de operações mais específicas nas quais o pequeno produtor não terá a necessidade de aquisição de um equipamento que utilizará poucas horas no ano, além de ter operadores que executam o serviço dando o apoio necessário. Outros municípios da região Sul também possuem esta política. Em Capão do Leão, a Prefeitura, através da Lei 1390/2010, disponibiliza a prestação de serviços com operadores em máquinas e implementos ou também o aluguel de implementos, ambos serviços cobrados com valores subsidiados.
O secretário cita que o apoio através do serviço é uma política agrícola essencial para o desenvolvimento das comunidades rurais bem como para uma melhor qualidade de vida às pessoas do campo, capaz de aumentar renda, de melhorar produtividade, de apoiar a diversificação e de diminuir o trabalho pesado, fatores responsáveis também pela manutenção das pessoas nas atividades agrícolas.
“Para adquirir um implemento como um distribuidor de calcário por exemplo, o investimento é de R$ 60 mil, para utilizar poucas horas no ano, então o produtor ou não faz a operação de aplicação de calcário, fundamental para o aumento da produtividade, ou assume um financiamento que não se paga. Com a patrulha dispomos deste implemento e conseguimos atender diversos produtores no ano”, destaca. Leite comenta ainda a necessidade de captação de recursos estaduais e federais e o apoio de deputados com emendas parlamentares, o que viabiliza a aquisição dos equipamentos.
“O investimento em patrulha agrícola retorna socialmente para o município como já comentamos, mas também retorna economicamente, através do aumento da produção agrícola, por isso o dinheiro colocado aqui é investimento” salienta.
Mas nem tudo são flores, na Patrulha Agrícola os tratores não param o ano inteiro sendo a manutenção em dia e a aquisição de novos equipamentos, o grande desafio. “Precisamos ter equipamentos novos ou em perfeitas condições, não há espaço para máquinas quebradas na agricultura moderna, precisamos de agilidade e disponibilidade” afirma o secretário.
Também por parte dos agricultores é necessário maior planejamento, pois os serviços precisam ser agendados para o atendimento de todos. Neste sentido, é importante o papel da assessoria técnica junto à Patrulha. “Vejo a Patrulha Agrícola uma importante política pública municipal, pois é através desta ferramenta que os agricultores mais descapitalizados conseguem produzir seu sustento e gerar renda na terra. E nós estamos aqui para ajudar neste processo”, destaca o chefe do Escritório Municipal da Emater/RS-
Ascar, Edenilson Oliveira.
