Seca afeta culturas de verão em Capão do Leão

Chefe do escritório municipal da Emater/RS-Ascar, Edenilson de Oliveira aponta que os próximos 15 dias serão decisivos. (Foto: Gerson Baldassari/JTR)

A estiagem de verão já mostra os primeiros impactos nas lavouras dos produtores leonenses. Milho, soja, produtos hortifrutigranjeiros, pecuária, bovinocultura de corte e de leite são os mais atingidos.

Segundo o chefe da Emater/RS-Ascar de Capão do Leão, Edenilson de Oliveira, os próximos 15 dias serão decisivos para a lavoura e tudo vai depender do clima. “Há previsão, para a próxima semana, do retorno das chuvas. Caso se confirme a previsão do tempo, o produtor rural terá mais esperança de uma safra melhor com menos prejuízo”, disse.

Até o momento, a Emater não elaborou um laudo técnico com cálculos dos prejuízos causados pela seca, mas há uma avaliação semanal pelos técnicos, que está em análise e será divulgada posteriormente. Esses cálculos serão importantíssimos para dar sustentação ao Decreto de Emergência, caso o município opte por decretar estado de calamidade pública devido à estiagem.

Soja
Segundo a Emater/Ascar a soja é uma das culturas mais expressivas no município, ultrapassando 10 mil hectares de lavoura implantada nessa safra. A soja encontra-se numa fase inicial de desenvolvimento, chamada de fase vegetativa, o que alivia um pouco o produtor, porque a soja ainda não alcançou a sua fase reprodutiva, onde não poderá ocorrer a falta de água.

Milho
Em relação à cultura do milho a área plantada no município é bem menor, cerca de 950 hectares. No entanto, devido à falta de chuvas na região, há uma perda maior porque o milho já está na fase produtiva da cultura, da floração, do embonecamento e do enchimento de grãos.

Arroz
Já na cultura do arroz, a situação é bem diferente, pois trata-se de uma cultura irrigada. Toda área plantada, de 6,5 hectares, apresenta desenvolvimento satisfatório, já que os longos dias de luz contribuem para sanidade das plantas. “Nesse momento já é feito o manejo das águas de irrigação, e a expectativa de alta produtividade e muito boa, além disso, no meio do mês de fevereiro, será realizada a abertura da colheita do arroz em Capão do Leão”, lembrou Oliveira.

Sindicato
De acordo com o presidente do Sindicato Rural de Capão do Leão, Clovis Victória, existe, por parte do Sindicato e entidades municipais e estaduais, certa preocupação com a seca que atinge a região. Desde novembro, há um déficit hídrico no município. Em anos anteriores, choveu ao mês cerca de 100 milímetros, o que, nesse momento, torna-se raridade, afetando a lavoura e a pecuária leiteira e de corte.

“Há uma estimativa dos institutos de metereologia de temperaturas elevadas. Isso nos preocupa porque aumenta a evaporação não somente do solo, mas também das plantas, reduzindo ainda mais as reservas hídricas nas propriedades e afetando tanto os animais como a agricultura”, explicou Victória que também aguarda por medidas mais urgentes tanto a nível municipal como estadual.

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